Num debate no qual a RTP juntou, na terça-feira, os 10 partidos sem representação parlamentar, Márcia Henriques, do RIR, assumiu que a primeira medida do partido, caso consiga eleger um deputado, será a “redução da carga fiscal, nomeadamente das taxas máxima e média do IVA”.

No entanto a presidente do Reagir Incluir Reciclar (RIR), o mais votado dos pequenos partidos nas legislativas de 2022 (23.232 votos), lembrou que os “portugueses não se importam de pagar impostos se receberem em troca bons serviços do Estado, o que não está a acontecer”.

Mais radical, João Pinto, do PCTP/MRPP, garantiu que a primeira medida do partido seria “acabar com todos os impostos, menos com um, que seria fortemente progressivo e incidiria sobre os rendimentos e a riqueza”.

José Manuel Coelho, do PTP, que ao longo de todo o debate defendeu “a gratuitidade dos direitos à saúde e a habitação”, pedindo ao Estado que “vá buscar dinheiro ao setor bancário”, considerou que a medida emblemática do seu partido seria “o aumento de salários e pensões”.

O líder do Alternativa Democrática Nacional (ADN), Bruno Fialho, também defendeu como primeira medida, em caso de eleição, “uma redução global nos impostos”, mas como uma ‘nuance’, admitindo que esta deve beneficiar primeiro “quem tem mais filhos”, preconizando ainda um aumento urgente da licença de maternidade.

A temática do apoio à natalidade está também no topo da lista de medidas da Nova Direita, partido que se estreia em eleições legislativas, com a presidente, Ossanda Líber, a considerar essencial “o incentivo à natalidade, o acesso a tratamentos de fertilidade e os empréstimos a jovens casais”, de forma a conseguir que o país tenha “famílias saudáveis e numerosas”.

Preocupado com a “bipolarização na política”, Nuno Afonso, da Alternativa 21, que junta o Aliança e o MPT, defendeu como medida essencial uma “restruturação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que deve funcionar como um sistema global” e o combate ao “coletivismo que existe na política”.

José Pinto Coelho, do Ergue-te, nome adotado em 2020 pelo Partido Nacional Renovador (PNR), assumiu a vontade de chegar ao parlamento para “revogar a leis do aborto, da eutanásia, do casamento entre pessoas do mesmo sexo”, bem como de “matar a ideologia de género”, e de “fechar as fronteiras” porque o país “está a ser invadido”.

O Volt, liderado por Inês Bravo Figueiredo e que se assume como um partido pan-europeu e pragmático, entende ser essencial melhorar a administração pública porque: “Os 45 mil milhões que vão chegar da União Europeia precisam de ser bem aplicados, e por isso é preciso ter melhores gestores”.

Assumindo-se como um movimento, o Nós, Cidadãos, representado no debate por Joaquim Rocha Afonso, quer “abrir o parlamento a movimentos da sociedade civil que não sejam partidos políticos” e a necessidade de “voltar a ter estrutura ágil e eficiente baseada em funcionários públicos competentes, em vez de ‘boys’ do PS e do PSD”.

O madeirense Filipe Sousa do Juntos Pelo Povo (JPP), que assumiu a ambição de querer eleger um deputado no círculo da Madeira, garantiu que, se tal acontecer, a sua primeira medida será propor a “revisão da constituição para reforçar as autonomias regionais”, bem como “alterar modelo de mobilidade aérea” de madeirenses e açorianos.