Num comício no Porto, ao ar livre e sob chuva miudinha, Rio pediu a quem está a pensar não ir votar no domingo, data das eleições legislativas, que faça mais uma reflexão.

“É preciso que aqueles que se vão abster percebam que, se não forem votar, e não forem votar no PSD, na prática estão a reforçar o PS, PCP e BE. Quem domingo não votar tem de ter consciência que, indiretamente, é como se estivesse a votar nessa solução”, afirmou.

Por isso, deixou um apelo para que “vão todos votar e de preferência no PSD”.

Num discurso de menos vinte minutos – “o São Pedro está a ser complacente, não estamos muito molhados, mas abençoados” -, Rio procurou estabelecer as diferenças entre PS e PSD e deixou uma que considerou fundamental.

“Nós vamos para o poder, nós vamos gerir o Estado, vamos gerir a administração pública, mas não vamos para lá para inundar a administração de militantes do PSD e de gente que nos é afeta, muito menos para colocar lá os nossos familiares e os familiares dos nosso amigos”, garantiu, valendo-lhe o maior aplauso das centenas de pessoas que assistiram ao comício na Praça de Batalha.

O líder do PSD aproveitou para fazer o avisto também ao partido, “com toda a frontalidade e em tempo útil”, e com a comunicação social a gravar.

“Isto de não ir para a administração pública colocar os familiares e os militantes do PSD é um compromisso que tenho com Portugal, mas é um recado que também tenho para dentro do meu próprio partido”, disse.

O líder do PSD não deixou de referir as suas origens portuenses, as mesmas do fundador do partido Francisco Sá Carneiro.

“Temos a possibilidade de, no domingo, 40 anos depois de 1979 o Porto voltar a ter um primeiro-ministro daqui oriundo”, apelou.

Já depois do final do discurso – que voltou a ser pontuado por versos musicados -, o líder do PSD explicou que não haveria atuação de uma banda musical devido à morte do fundador do CDS-PP Freitas do Amaral, em memória de quem pediu um minuto de silêncio.