“É uma disputa intensa dentro de um sistema partidário que sempre apresentou grande tendência de estabilidade ao longo destas décadas em que não mudou muito”, afirmou Pedro Santana Lopes à agência Lusa, à margem de uma visita ao mercado de Benfica em Lisboa.

O antigo presidente do PSD e antigo primeiro-ministro identifica “alguma abertura das pessoas” e que o resultado será decidido “por quem vão ser as pessoas que vão votar e quem vão ser as que vão ficar em casa” e acrescentou: “Espero que muitas vão votar”.

“Era muito bonito. Sei que as pessoas estão cansadas da política, saturadas do não cumprimento das promessas. Agora, espero que as pessoas escolham o partido, que não vão pelo voto útil. O voto útil é inútil na democracia portuguesa. O que interessa é qual o bloco – esquerda ou direita – com mais deputados e que as pessoas escolham o partido e as propostas com que se identificam mais”, salientou.

Pedro Santana Lopes distribuiu beijos e abraços aos vendedores e clientes do mercado de Benfica e, tal como ao longo desta campanha, foi confrontado com pedidos para que se candidate à presidência do Sporting.

Mas, em questões futebolísticas, esclareceu: “Uma coisa é ser adepto ou ser sócio, outra é estar disponível para algo assim e não tenho disponibilidade”.

Sobre o seu passado político, entende que muitas pessoas ainda o associem a outro partido, mas reconhece que são cada vez mais os que sabem que fundou outro partido e que esse partido é a Aliança.