Eram mais de uma centena aqueles que saíram à Rua Manuel Espregueira nesta estreia da caravana social-democrata no Minho durante o período de campanha oficial para as legislativas de 06 de outubro.
Aos habituais cânticos dos elementos da Juventude Social Democrata, juntaram-se hoje os bombos e as concertinas do Grupo de Bombos das Montanhas, que animaram a arruada e motivaram um pezinho de dança de alguns dos presentes ao longo do percurso e enquanto esperavam pela chegada do presidente do PSD, meia hora depois do previsto.
Mas esta que foi a arruada que juntou mais apoiantes não surpreendeu Rui Rio, que confessou ter um gosto particular por esta cidade.
"Estava à espera de uma grande mobilização. Sabe que eu em Viana não estou em casa mas estou quase em casa. Sou do Porto mas não tenho uma costela de Viana, tenho muitas costelas de Viana", afirmou aos jornalistas, referindo que possui uma habitação nesta zona do país, onde costuma passar férias.
Notando ser, então, "meio de Viana", o líder social-democrata disse esperar que este círculo eleitoral (onde o PSD consegui três deputados há quatro anos) retribua esse amor no dia das eleições.
Apesar de não ter discursado aos presentes, Rio subiu à varanda de um estabelecimento de turismo de habitação, onde saudou aquela "mancha laranja" que respondeu com gritos de "vitória, vitória".
Enquanto descia a rua tendo a seu lado o cabeça de lista por Viana do Castelo, o líder social-democrata cumprimentava e entregava lápis a populares que se encontravam na rua ou dentro das lojas, onde não recusava entrar.
Uma dessas pessoas foi Cristina Lima que esperava o grupo à porta de uma loja de louças e leu a Rui Rio a mensagem que lhe tinha enviado no dia anterior através das redes sociais, mas que ficou sem resposta.
Na mensagem, a mulher aconselhou o líder a "valorizar o património do partido" nesta reta final da campanha eleitoral, bem como a "sua herança", e assinalou algumas medidas que gostaria de ver postas em prática.
"Ai [enviou] por aí, pois isso foi o 'staff' que viu", justificou Rui Rio, que integra a lista pelo círculo eleitoral do Porto, comentando que a sugestão da vianense "está de acordo com o programa" do partido.
Mais à frente, numa ourivesaria, Rio encontrou-se em terreno conhecido: "Eu entro nesta casa desde que isto era um tasco. Isto antes era um tasco, entro aqui há muitos anos", notou.
Ao longo do percurso, várias foram as demonstrações de apoio. "Força neles", desejou um homem com quem a caravana se cruzou.
Mas também houve pedidos, como o de uma professora que afirmou esperar que o PSD "faça alguma coisa" por esta classe, ou o de uma mulher que trabalha "desde os 11 anos" e está preocupada com a reforma.
Neste dia dividido entre os distritos de Braga e Viana do Castelo, a caravana do PSD visitou a adega cooperativa regional de Monção durante a manhã, onde também houve um brinde à vitória do partido no próximo domingo, feito com um vinho alvarinho reserva de 2017.
Já depois do almoço, Rui Rio contactou com a população no centro de Barcelos, cidade que mostrou conhecer tão bem "que poderia ser [ali] taxista".
Hoje, o dia termina com um arraial na Quinta da Malafaia, onde se aguardam intervenções dos cabeças de lista por Braga (André Coelho Lima) e por Viana do Castelo (Jorge Mendes), a par do discurso do presidente do PSD.
Apesar das passagens por Barcelos e Esposende, a campanha do PSD não passa pela cidade de Braga, capital de distrito, onde o líder da concelhia é Hugo Soares, único nome assumidamente vetado das listas de candidatos a deputados.
Ao contrário do que aconteceu em maio, na campanha para as eleições europeias, o antigo líder parlamentar não marcará presença no arraial popular desta noite.
(Notícia atualizada às 21h21)
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