Numa nota, hoje publicada, a ERSE começou por explicar que a “tarifa de energia reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso (CUR) nos mercados grossistas, sendo uma das componentes que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado”.

A entidade prosseguiu, indicando que, com a subida continuada dos preços grossistas no Mercado Ibérico de Eletricidade (Mibel), “a estimativa atualizada para o ano de 2021 aponta para um custo de aquisição do CUR de 73,24 euros/MWh [megawatt/hora], o que corresponde a um desvio de 21,21 euros/MWh, mais 41% do que o valor refletido nas tarifas em vigor”, segundo a mesma nota.

De acordo com a ERSE, face ao aumento de preços de energia no Mibel a entidade “atualizou o preço da tarifa de energia do mercado regulado, em cinco euros por MWh, com efeitos a partir de 01 de outubro de 2021”, salientando que “para a maioria dos clientes domésticos do mercado regulado, com potência contratada de 3,45 kVA, a atualização será cerca de 1,05 euros na fatura média mensal”.

Por outro lado, no caso de uma potência contratada de 6,9 kVA o aumento rondará os 2,86 euros, indicou o regulador. Em julho a entidade já tinha aumentado o preço.

A entidade justificou depois que, “para evitar desalinhamentos excessivos com o mercado livre e a criação de desvios a recuperar posteriormente pelas tarifas, com consequências para todos os consumidores, trimestralmente, sempre que se verificar, face às estimativas da ERSE, um desvio do custo de aquisição do CUR igual ou superior a 10 euros/MWh, a tarifa de energia deve ser revista num valor fixo de cinco euros/MWh, no mesmo sentido do desvio”, algo que também já contribuiu para descidas de preço.

Tendo por base os consumidores-tipo do simulador de preços de energia da ERSE, “o impacte estimado da atualização da tarifa de energia para os consumidores do mercado regulado é de aproximadamente mais 3%, em relação aos preços em vigor, no total da fatura de eletricidade (com IVA)”, estimou a ERSE, sendo que “atendendo à redução de 0,6% ocorrida em janeiro, com as atualizações de julho e de outubro próximo, a variação tarifária média anual entre 2021 e 2020 será cerca de 1,6%”, detalhou.

O regulador explicou ainda que a aplicação da nova tarifa “produz efeitos a partir de 01 de outubro de 2021 até ao final do ano de 2021 e abrange os consumidores no mercado regulado (cerca de 5% do consumo total e de 933 mil clientes, em junho de 2021)”, sendo que “as demais tarifas, fixadas a 15 de dezembro de 2020 para vigorarem no ano 2021, mantêm-se inalteradas”.

O regulador sublinhou também que “esta alteração não condiciona o mercado livre a repercutir a mesma atualização de preços, já que cada comercializador segue a sua própria estratégia de aprovisionamento de eletricidade e procura oferecer as melhores condições comerciais em ambiente concorrencial” e realçou que, mesmo nestas condições de subida no Mibel, “subsistem várias ofertas melhor posicionadas que o mercado regulado”.

No diz 01 de julho, as tarifas da eletricidade também subiram para os clientes domésticos que continuam em mercado regulado, em resultado do aumento dos preços da energia nos mercados grossistas, numa atualização com valores iguais à que agora ocorre.

(Notícia atualizada às 18h28)

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