“(…) Eu reverteria a expulsão permanente”, salientou Elon Musk, falando por videoconferência numa cimeira do futuro do automóvel organizada pelo jornal britânico Financial Times.
O empresário sustentou que a proibição do Twitter de Trump foi uma “decisão moralmente má” e “insensata ao extremo”, afirmando que as expulsões permanentes de contas do Twitter devem ser raras e reservadas para contas fraudulentas ou ‘bots’ automatizados.
O Twitter baniu a conta do ex-chefe de Estado norte-americano em janeiro de 2021 por “incitação à violência” após a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, ocorrida no dia seis do mesmo mês.
“Acho que foi um erro, porque alienou grande parte do país e não resultou em calar Donald Trump”, indicou Elon Musk, acrescentado que “pode acabar por ser francamente pior do que ter um único fórum onde todos possam debater”.
Elon Musk lembrou que o seu sentimento sobre as expulsões permanentes é partilhado pelo cofundador e ex-diretor executivo do Twitter Jack Dorsey.
Trump já havia dito que não tinha intenção de voltar à rede social, mesmo que a sua conta fosse reativada, dizendo ao canal de televisão conservador norte-americano Fox News em abril que se iria concentrar no seu serviço (Truth Social), que tem apresentado vários problemas desde o lançamento no início de 2022.
“Eu não vou para o Twitter. Vou ficar no Truth”, disse o antigo Presidente dos Estados Unidos à Fox News.
“Espero que Elon compre o Twitter, porque ele vai fazer melhoramentos e é um bom homem, mas vou ficar no Truth”, acrescentou.
Contactado pela agência de notícias AP, um porta-voz de Trump não respondeu a um pedido de comentário às observações de Musk.
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