"Foi um choque enorme. Nós vemos imagens brutais de atentados em vários locais que conhecemos muito bem, como é o caso de Paris e Bruxelas, mas é diferente quando é a cidade onde vivemos e quando são locais tão familiares como aquele onde nós estivemos na véspera ou dois dias antes e onde vamos todos os anos", disse João Mira Gomes em declarações à agência Lusa.

O embaixador está em contacto com as autoridades alemãs no sentido de determinar se existem cidadãos portugueses entre as vítimas mortais e entre os feridos.

"Estão a fazer uma identificação e entrarão em contacto com as embaixadas da nacionalidade dos feridos ou das vítimas. Nós não fomos contactados ainda", acrescentando não existirem, para já, indícios que antevejam portugueses entre as vítimas mortais e feridos.

"Não tivemos nenhum contacto através das redes dos portugueses em Berlim de nenhum ferido, de ninguém que esteja em paradeiro incerto, portanto, não temos nenhuma razão, até agora, que nos leve a crer que existam feridos portugueses ou vítimas portuguesas", afirmou.

As autoridades alemãs já revelaram que sete das vítimas mortais são de nacionalidade alemã, e uma polaca, referindo-se ao cidadão de natural da Polónia, que foi encontrado baleado dentro do camião e que se acredita ser o motorista original do veículo.

O diplomata acredita que o ataque "vai mexer muito com a consciência dos alemães", numa cidade como Berlim conhecida por ter "uma tradição muito aberta, cosmopolita, internacional".

Mira Gomes acrescentou que o impacto do ataque será maior, uma vez que atingiu símbolos de grande importância para os alemães, como a Igreja da Memória do Imperador Guilherme e os mercados de Natal, "que são muito importantes na cultura alemã".

Ainda assim, o diplomata acrescentou que "a Alemanha tem já demonstrado que tem capacidade de ultrapassar estes períodos mais difíceis e que vai saber reagir de uma forma ponderada e equilibrada, sem ignorar que se está a aproximar uma campanha eleitoral".

Na segunda-feira à noite, um camião abalroou uma multidão que se encontrava no mercado de Natal de Breitscheidplatz, na zona de Charlottenburg, na capital alemã, matando 12 pessoas e ferindo 48.

A organização extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.

As autoridades alemãs estão em alerta máximo, uma vez que o suspeito encontra-se em fuga e possivelmente armado.

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