Esta será a primeira vez que Portugal terá dois dispositivos a operar nesta missão, criada no âmbito de acordos bilaterais e multilaterais com o objetivo de capacitar a guarda costeira de São Tomé e Príncipe, “apoiando a fiscalização marítima conjunta e contribuindo para o reforço da segurança marítima”, adiantou a Marinha.

De acordo com fonte oficial, esta embarcação, batizada “Príncipe”, será operada por seis fuzileiros portugueses aos quais se juntarão mais quatro são-tomenses, compondo uma guarnição mista.

A nova embarcação “Príncipe”, que tem uma velocidade de operação de 20 nós, vai assim juntar-se ao navio português “Centauro”, uma lancha de fiscalização rápida que chegou àquele país em 7 de maio, altura em que rendeu o NRP (Navio da República Portuguesa) “Zaire”, que já regressou.

A cerimónia que assinala a partida desta nova embarcação realiza-se hoje, na Base Naval de Lisboa, e na mesma ocasião será assinalado o regresso do NRP “Zaire” “passados mais de cinco anos e após concluir a sua participação na missão de Apoio à Fiscalização dos Espaços Marítimos e de Capacitação Operacional Marítima de São Tomé e Príncipe”, lê-se na nota enviada pela Marinha.

Durante os mais de cinco anos de missão em São Tomé e Príncipe para reforçar a fiscalização do mar são-tomense e do Golfo da Guiné, o “Zaire” percorreu mais de 37 mil milhas, realizou 19 ações de busca e salvamento, 31 ações de fiscalização conjunta, 13 ações de segurança marítima no âmbito da pirataria, oito vistorias a navios no mar e também participou em diversos exercícios internacionais.