
A notícia revela que a gasolineira que pertence ao pai de João Rodrigues, atual vereador e candidato do PSD a Braga, pagou mais de 194 mil euros à Spinumviva, e foi responsável por “mais de metade dos lucros de 2022”, segundo Luis Montenegro.
O Observador refere ainda que João Rodrigues é casado com Inês Varajão Borges, que foi contratada pela Spinumviva quando Luís Montenegro deixou a empresa, em 2022.
É sobre essa relação que Miguel Prata Roque comenta nas redes sociais, numa publicação do Facebook, questionando a decisão da Joaquim Barros Rodrigues & Filhos de pagar “à própria nora” e do PSD de avançar com a “escolha como candidato à Câmara de Braga o filho do gasolineiro que pagou 194 mil euros”.
Em resposta, a Joaquim Barros Rodrigues & Filhos lançou um comunicado onde esclarece que a Spinumviva não é a única de empresa de consultadoria com quem trabalha, e que “os gerentes e sócios do grupo nunca tiveram qualquer cargo político durante os 92 anos de existência”.
Dirigindo-se ao comentário de Miguel Prata Roque, que coloca a hipótese de João Rodrigues e outros candidatos do PSD associados aos negócios de Montenegro terem sido “escolhidos em função de interesses obscuros”.
Ao que a empresa responde que “a relação profissional da Joaquim Barros Rodrigues & Filhos com o Dr. Luís Montenegro tem mais de 15 anos, quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista profissional e essa relação é muito anterior ao exercício dos cargos de Primeiro-ministro e de líder do PSD”.
Acrescenta ainda que considera uma “extrapolação” e uma “infâmia” dizer que a relação com a Spinumviva teve como “contrapartida de beneficiar uma familiar ou um familiar do ponto de vista político, que não pode nem vai ficar impune”.
O comunicado declara também que a nora do Sócio, Inês Patrícia Varajão Borges, “nunca trabalhou no grupo empresarial”, não foi contratada nem “teve qualquer intervenção” nos serviços Proteção de Dados que necessitavam da empresa Spinumviva.
“É simplesmente falsa e injuriosa a frase/interrogação: “Que empresário é que, podendo poupar uma quantia avultada de dinheiro, não contrata diretamente a nora Inês (Patrícia) Varajão Borges, que é supostamente ‘especialista’ em proteção de dados?” Como é óbvio, não a contratou”, escreve.
A empresa de Joaquim Barros Rodrigues & Filhos termina com um desafio a Miguel Prata Roque, para “demonstrar com que escritórios de advogados ou consultoras trabalhou, quem são os seus clientes, quem foram e quais os pareceres que efetuou, antes e durante a sua atividade política e depois”.
A ironia do comentador político, que questiona se Luís Montenegro “só tem vida profissional com gente ligada ao PSD”, representa para a empresa “um rol de mentiras precipitadas ou deliberadas”, o que motiva a empresa a “agir judicialmente contra o autor da publicação”.
De acordo com a Lusa, o PS entregou hoje uma proposta para constituir uma comissão parlamentar de inquérito potestativa para avaliar o cumprimento das regras por parte do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na sequência do caso da empresa familiar.
*Com Lusa
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