A estratégia está montada e o foco será nos membros da NATO. Poucas horas após saber-se que o diretor executivo da NSO e um dos fundadores iria abdicar do seu lugar - Shalev Hulio irá permanecer no grupo em outras funções -, a empresa fez saber os planos para o futuro próximo.

Em clara reorganização, com a saída programada de mais de 100 pessoas, e uma dívida superior a 400 milhões de euros, será o diretor de operações Yaron Shohat a ocupar temporariamente o lugar do agora demissionário CEO Shalev Hulio. Apesar da saída de um dos mentores desta empresa responsável pelo tão polémico software de espionagem Pegasus, a verdade é que a ambição desta companhia israelita é cada vez maior e em comunicado fizeram questão de o revelar.

"A reorganização irá analisar todos os aspetos dos negócios, incluindo a simplificação das suas operações para garantir que a NSO continue a ser uma das principais empresas de inteligência cibernética de alta tecnologia do mundo, com foco nos países membros da NATO", revelaram em comunicado.

Refira-se que a empresa ficou conhecida pelos escândalos relacionados com o dito programa Pegasus, que na prática permite a ativação de microfones e câmeras em dispositivos privados sem o conhecimento de seus proprietários, e está ligada a casos de espionagem de políticos, jornalistas, dissidentes, etc, e foi mesmo incluída pelos Estados Unidos numa lista negra de entidades envolvidas em “repressão transnacional”.