A época tauromáquica em Portugal, que abre anualmente no dia 01 de fevereiro em Mourão, no Alentejo, encerra este ano mais cedo, no domingo, em Évora, por não se realizar a habitual corrida de toiros do dia 01 de novembro no Cartaxo (Santarém).
“A verdade é que acabámos 2018 com um número mais ou menos igual de corridas (cerca de 200) do que no ano passado e isso significa que entrámos numa estabilidade, apesar da atividade económica ainda estar com algum abrandamento”, disse Paulo Pessoa de Carvalho, em declarações à agência Lusa.
Fonte da Associação Nacional de Toureiros (ANdT) adiantou à Lusa que ainda não estão contabilizados todos os dados referentes a este ano, mas frisou que o número de espetáculos deverá ter sido “idêntico” ao de 2017.
“Este ano, notou-se uma maior adesão de público e isso para nós é significativo. Em 2017, andámos na casa das 900 mil pessoas e este ano há indicadores de que se verificou um aumento de espetadores”, indicou o responsável da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos.
Observando que o setor taurino está a atingir uma “normalização”, Paulo Pessoa de Carvalho reconheceu que, no passado, realizaram-se “espetáculos tauromáquicos a mais” em Portugal.
“Entendo que o número certo de espetáculos é aquele que encontra uma relação com público. No entanto, não há números certos, num ano faz sentido haver 250 espetáculos e noutro ano só 180”, disse.
Paulo Pessoa de Carvalho considerou ainda como um dado “muito positivo” o facto de se terem lidado, este ano, “praticamente todos” os touros com quatro anos existentes nas ganadarias portuguesas, situação que o leva a concluir de que “não houve nem excesso nem défice” de festejos taurinos no país.
Desafiado a destacar o “momento alto da temporada” em termos artísticos, o presidente da APET apontou o último festejo realizado no Campo Pequeno, em Lisboa, pela “elevada” expectativa que o acontecimento gerou e pelo número de telespetadores que assistiram ao festejo pela televisão.
“Aconteceram também outras coisas extremamente positivas e há empresários que têm feito um trabalho muito importante”, sublinhou.
A época tauromáquica termina no domingo na Arena d´Évora com uma corrida de touros à portuguesa, formada por um elenco de seis cavaleiros e cujos eventuais lucros revertem a favor da Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Distrito de Évora.
Em praça, a partir das 18:00, vão estar os cavaleiros Rui Salvador, Luís Rouxinol, Gilberto Filipe, António Brito Paes, David Gomes e o praticante António Prates, que vão lidar seis touros da ganadaria Passanha Sobral, enquanto as pegas vão estar a cargo dos forcados amadores de Évora e de Alcochete.
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