O ministério da Justiça iniciou uma investigação a 182 construtoras depois da descoberta, em março, do caso de três vietnamitas que participaram nas tarefas de limpeza, explicou à AFP um porta-voz do executivo, confirmando as informações da imprensa.
"Em teoria, eles tinham ido trabalhar com máquinas de construção, mas tiveram de fazer tarefas de limpeza, como remover a terra com as mãos", afirmou a fonte.
As autoridades japonesas não revelaram o número exato de trabalhadores estrangeiros que participaram nesse mesmo caso.
O ministério da Justiça recordou no início do ano que estas tarefas de limpeza nuclear não podiam ser realizadas por esses imigrantes vietnamitas, que se instalaram no Japão através de um programa promovido em 1993 para dar formação a imigrantes.
A relação desses trabalhos reforçou as críticas sobre a exploração de mão-de-obra estrangeira.
A polémica acontece num momento em que o governo japonês pretende aumentar a chegada de imigrantes para fazer frente ao envelhecimento da sua população.
Em 2017, havia no Japão 250 mil trabalhadores estrangeiros a participar em programas de aprendizagem profissional.
Com o violento tsunami que devastou, em março de 2011, a central de Fukushima, situada no nordeste do Japão, ocorreu o maior acidente nuclear do mundo, depois do ocorrido na central soviética de Chernobyl em 1996.
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