“Já fizemos a primeira descoberta de uma pessoa que foi identificada pelos seus colegas de trabalho como Maurício”, disse aos jornalistas locais o promotor de Coahuila, Gerardo Márquez, citado pela agência EFE.
Márquez indicou que a família do mineiro encontrado morto já tinha sido chamada, embora tenha acrescentado que o “reconhecimento” do corpo “ainda não é legal”, faltando a perícia.
Em declarações no local, Márquez disse que o trabalho continua “intensamente” para conseguirem a “recuperação com vida” dos outros seis mineiros, na esperança de que estejam abrigados em algum “recanto” da mina.
O Centro de Direitos Humanos Miguel Agustín Pro Juárez (Centro ProDH) revelou hoje que no ano passado apresentou uma denúncia às autoridades sobre as “péssimas condições” da mina no município de Múzquiz, onde os sete trabalhadores ficaram presos.
“Desde outubro de 2020, as péssimas condições desta mina são relatadas à Comissão Federal de Eletricidade (CFE), sem que as autoridades tomem medidas proporcionais ao risco”, disse o ProDH Center nas redes sociais.
O acidente ocorreu na tarde de sexta-feira e o presidente Andrés Manuel López Obrador indicou nas suas redes sociais que a Guarda Nacional e o Exército estiveram no local, fazendo votos de que “o resgate seja favorável para as famílias e para todos”.
As autoridades dizem que tudo aponta para que uma inundação tenha causado a rutura do teto e das paredes da mina, provocando o desabamento do local.
Além dos militares, deslocaram-se ao local autoridades da Proteção Civil e fiscais do Ministério do Trabalho para realizar o resgate, que consiste no bombeamento de água para o acesso à mina.
O acidente lembra o que aconteceu em 19 de fevereiro de 2006 na mina Pasta de Conchos, também em Coahuila, onde 65 trabalhadores morreram num acidente e apenas dois corpos foram recuperados.
Os restantes foram enterrados, depois do seu resgate ter sido considerado de alto risco. Os seus corpos não foram recuperados até agora.
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