Os destroços do Embraer EMB 120, ao serviço da empresa privada Air Guicango, foram encontrados ao início da tarde de hoje, ainda envoltos em fumo, pelas equipas da Força Aérea Nacional, que realizam as buscas, no município do Cuílo, na mesma província da Lunda Norte.
De acordo com fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (GPIAA) na província da Lunda Norte, as operações no terreno foram entretanto suspensas, devido às condições atmosféricas e devem ser retomadas durante o dia de domingo, nomeadamente com a “recolha de destroços e dos restos mortais” dos ocupantes.
A aeronave em causa descolou do aeroporto do Dundo pelas 16:55 de quinta-feira com três tripulantes de nacionalidade angolana e quatro passageiros, um dos quais português – de acordo com as autoridades portuguesas – e outro sul-africano.
Durante o dia de sexta-feira houve o relato do avistamento de destroços da aeronave no município do Cuílo, a 320 quilómetros do aeroporto do Dundo, o que só hoje foi confirmado pelas autoridades, tendo em conta as condições atmosféricas que estão a dificultar as operações de busca.
Os destroços foram encontrados a 90 quilómetros da sede do município do Cuílo.
Questionado na sexta-feira pela Lusa, o diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (GPIAA), órgão do Ministério dos Transportes de Angola, indicou que a Air Guicango, que operava a aeronave, é uma “empresa certificada para operações comerciais não regulares”.
Segundo Luís António Solo, 15 minutos depois de levantar voo da capital da província da Lunda Norte com destino a Luanda (a 1.100 quilómetros de distância), o piloto reportou problemas na aeronave.
“Uma avaria no motor, seguido de fogo. Foram também reportadas condições atmosféricas adversas”, disse.
Oficialmente, as autoridades locais apontam para seis angolanos e um sul-africano a bordo da aeronave. No entanto, o governo português, através de fonte oficial do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, já confirmou que um desses sete ocupantes é cidadão nacional.
“O português falecido era um paramédico bombeiro de 39 anos”, disse a mesma fonte, referindo também que a vítima não estava ao serviço do Estado português.
O paramédico português, ao serviço de uma clínica de Luanda, participava no transporte de um paciente sul-africano do Dundo para a capital angolana.
A Força Aérea Angolana disponibilizou dois helicópteros para procurar os destroços do avião, além de meios da proteção civil, polícia e do Ministério do Interior, no terreno.
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