“Pode significar encerramento de serviços ou uma acumulação excessiva de horas extraordinárias. Não queremos uma coisa, nem outra”, disse aos jornalistas Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
A paralisação decorreu entre as 10:30 e as 12:30 para os enfermeiros poderem participar na concentração.
A mesma fonte referiu que os contratos individuais representam dois terços dos enfermeiros naquele Centro Hospitalar e que, a partir de 01 de julho, vão iniciar o regime das 35 horas de trabalho semanal, pelo que são necessárias 162 contratações só para colmatar as falhas que ficarão a descoberto.
“Mas, além diss,o até já há carência de enfermeiros e, na medicina aqui deste hospital, os enfermeiros já acumulam 920 feriados e 4.000 horas extraordinárias”, frisou.
A sindicalista disse ainda que os enfermeiros são “mal tratados” e estão a ser prejudicados ao nível do descongelamento e da atribuição de pontos que permitem a progressão na carreira.
“Primeiro porque exclui dois terços dos enfermeiros que são os contratados individuais de trabalho, depois porque aos outros enfermeiros não contabiliza todos os anos de serviço, contabiliza abaixo daquilo que seria o justo e o legal”, sustentou.
A nível nacional, só para dar resposta ao cumprimento das 35 horas, são precisos mais 2.000 enfermeiros, de acordo com os dados apresentados.
De acordo com a mesma responsável, tem havido contratações “residuais e insuficientes” para compensar as saídas e carências do sistema.
Durante o protesto, os trabalhadores gritaram palavras de ordem como “Para a saúde defender, enfermeiros tem de haver”, “Ministro escuta, os enfermeiros estão em luta”, “Admissão já” e “Regularização de vínculos já”.
Os enfermeiros têm vindo a realizar greves setoriais e parciais, tendo hoje realizado a paralisação no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, que integra os hospitais de Santa Cruz, Egas Moniz e São Francisco Xavier.
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