"Na urgência desta maternidade não existe funcionário das 00:00 às 08:00 para inscrever as utentes e são os enfermeiros especialistas, que deviam estar nas suas funções, a fazer esse trabalho", denunciou o presidente da secção regional, Paulo Anacleto.
O dirigente sindical queixa-se de que os enfermeiros da Maternidade Daniel de Matos vão ter de receber as inscrições e comunicá-las ao posto administrativo da Maternidade Bissaya Barreto, para que a utente fique registada na plataforma informática.
Para Paulo Anacleto, esta situação é um "disparate total" e merece total discordância do SEP, que ainda hoje vai avançar com um abaixo-assinado para que a administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) volte atrás na decisão.
Em resposta à agência Lusa, o CHUC garante que o posto de trabalho administrativo da Maternidade Daniel de Matos nunca existiu no período entre as 00:00 e as 08:00.
"O processo de implementação de uma nova aplicação informática nesta maternidade revestiu-se de tal importância que levou a administração a garantir a presença de um administrativo apenas na fase de arranque", refere em comunicado.
Findo o período de implementação, "foi criado um mecanismo seguro de atendimento que resulta das sinergias existentes, nomeadamente a existência de posto administrativo na Maternidade Bissaya Barreto, que fica responsável pela inscrição administrativa das duas maternidades, processo este que, até à data, na Maternidade Daniel de Matos, era realizado pelo enfermeiro do Serviço de Urgência, que efetuava a inscrição provisória no sistema informático".
"Com a nova metodologia de inscrição na nova aplicação, é o funcionário administrativo da Maternidade Bissaya Barreto que procede à inscrição dos utentes a partir de uma informação telefónica simplificada, com nome e número de utente", explica o CHUC.
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