“O CDS está perplexo com esta atitude. É da maior gravidade. É preocupante e não abona a favor da transparência e da democracia”, afirmou a deputada Isabel Galriça Neto, depois de uma reunião da comissão parlamentar de Saúde.
“É surpreendente”, afirmou ainda a parlamentar centrista, para quem PCP e BE escolhem “a segunda, quarta e sexta” para “zurzir no ministro da Saúde” e depois “não retiram as consequências”, chumbando este tipo de audições.
O CDS-PP pediu, na semana passada, a audição, no parlamento, das ordens dos Médicos e dos Enfermeiros, diretores clínicos e enfermeiros-diretores de 11 centros hospitalares para explicarem o "real impacto" dos protestos dos enfermeiros.
Além da bastonária da Ordem dos Enfermeiros e do bastonário da Ordem dos Médicos, o CDS-PP queria ouvir os diretores clínicos e enfermeiros-diretores dos conselhos de administração dos centros hospitalares do Porto, de São João, da Universidade de Coimbra, do Oeste, Lisboa Norte, Lisboa Central e Médio Tejo.
O hospital de Santarém, a unidade de saúde local do Norte Alentejano, hospital Espírito Santo e do Algarve, são outras unidades de saúde relativamente às quais os centristas requereram a presença na comissão parlamentar de saúde.
A greve, marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros, é um protesto contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira, e decorreu na semana passada, de segunda-feira a sexta-feira.
Os deputados da comissão parlamentar da Saúde aprovaram hoje por unanimidade a chamada do ministro da Saúde ao parlamento para ser ouvido sobre “a situação dos profissionais de enfermagem”, numa audição que deverá acontecer na primeira semana de outubro.
De acordo com o deputado bloquista Moisés Ferreira, a ida do ministro da Saúde ao parlamento tinha sido solicitada pelo BE e pelo PCP, através de dois requerimentos que foram aprovados por unanimidade.
A data da audição de Adalberto Campos Fernandes terá ainda de ser acordada, embora deva acontecer na primeira semana de outubro, segundo o mesmo deputado.
Outra greve está marcada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses para 03, 04 e 05 de outubro.
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