Eduardo Cabrita sublinhou que a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança permite realizar cerca de 450 milhões de euros de investimento até 2021 em infraestruturas, viaturas, armamento e equipamento tecnológico.

O ministro considerou que este investimento tem um "significativo impacto" no SEF, que hoje renovou o parque automóvel com 19 viaturas ligeiras destinadas à investigação criminal e à fiscalização. Notou ainda que desde 2015 que o SEF não adquiria viaturas novas.

Além das viaturas, até final do ano serão atribuídas ao SEF 350 armas novas, havendo também, de acordo com Eduardo Cabrita, uma aposta em meios humanos e na modernização tecnológica, para que o SEF assegure plenamente as suas atribuições no plano interno e externo.

Quanto à frota automóvel, o ministro revelou que existem condições para, até 2021, equipar com cerca de 2.500 viaturas novas as diversas forças e serviços de segurança, devendo em 2018 o número rondar as 300.

Eduardo Cabrita referiu que este apetrechamento só se tornou possível com a aprovação em 2017 da Lei de Investimento das Forças de Segurança, estando previsto para 2019 que 70 instalações das várias polícias e serviços estejam em obra ou em projeto de obras.

"Só no próximo ano programamos entregar 730 novas viaturas à PSP", declarou o ministro, acrescentando que existe também uma aposta na "qualificação técnica e na valorização das pessoas das diversas áreas de serviços e forças de segurança, que muito tem contribuído para que Portugal tenha como imagem de marca o facto de ser um dos países mais seguros do mundo".

Eduardo Cabrita referiu-se ainda à questão das migrações e indicou que o MAI está, por um lado, a trabalhar na regularização da situação de imigrantes que trabalham há muitos anos em Portugal (alguns deles com descontos para a segurança social desde 2008) e, por outro, no âmbito da estratégia demográfica, a concretizar uma política de "migração legal", que atraia estudantes para as universidades e institutos politécnicos.

Admitiu que tal política visa ainda atrair pessoas vindas de fora para a área tecnológica e reconheceu que áreas da economia portuguesa, como turismo, agricultura e certa indústria, necessitam também de mão de obra ativa que pode resultar da migração.

Quanto ao aumento do fluxo de passageiros e de turistas no aeroporto de Lisboa, o ministro admitiu que o aeroporto da capital é um "problema ao qual o Governo está a preparar uma resposta", mas que, durante o último verão, não houve problemas com o SEF naquele aeroporto internacional.

"O que estamos já a fazer com a ANA é a trabalhar preliminarmente na programação de resposta que o SEF terá de dar no novo aeroporto complementar do Montijo. Estamos já a trabalhar na parte de segurança desse novo aeroporto", avançou.