“A ideia é que esteja aberto a quaisquer pessoas que tenham boas ideias e que se juntem num consórcio para fazer um projeto sério de investigação”, disse à Lusa o diretor-geral da EPIS (Empresários pela Inclusão Social), Diogo Simões Pereira, sobre o projeto de financiamento agora lançado, e que vai aceitar candidaturas até 02 de outubro.
De acordo com o responsável, o objetivo da atribuição das bolsas de investigação científica, com “uma dimensão de investimento muito relevante” é permitir “conhecer a fundo os problemas que existem”, sistematizando origens, fenómenos, locais de incidência, entre outros aspetos, de forma a levar a encontrar soluções para combater o problema.
“O nosso objetivo com estas candidaturas no fundo é apoiar projetos, estudos, que envolvam entidades credíveis de investigação. O projeto pode ser promovido por qualquer entidade, mas tem que ter pelo menos duas universidades ou instituições de investigação, que permitam criar projetos que sejam feitos com rigor metodológico e científico e que permitam apontar novos caminhos e soluções para combater o insucesso escolar”, disse Diogo Simões Pereira.
O diretor-geral da EPIS explicou que não existe um número máximo de instituições envolvidas, apenas limites mínimos: duas universidades ou instituições de investigação, e, no caso de haver candidaturas internacionais, pelo menos uma das instituições envolvidas no consórcio tem que ser portuguesa.
No entanto, a iniciativa do consórcio pode partir de escolas, instituições sociais, ou até mesmo de pessoas singulares, acrescentou.
O financiamento é para investigação científica, não estando, para já previsto a sua aplicação no terreno, ainda que, indicou Diogo Simões Pereira, “os novos caminhos” saídos destes projetos devam ser apresentados “de uma forma o mais detalhada possível”, para que escolas, Ministério da Educação, a EPIS, ou qualquer outra entidade em posição de o fazer, possam partir deles para implementar ações de combate ao insucesso.
Os projetos de investigação podem ter uma duração máxima de 30 meses, e vão focar-se na escolaridade obrigatória, do 1.º ciclo ao ensino secundário.
As candidaturas devem centrar-se em um dos quatro temas de abordagem apresentados pela EPIS: aumentar o sucesso escolar pela redução da indisciplina e da violência nas escolas e na sala de aula; combater o insucesso, o abandono escolar precoce, persistentes nas bolsas de exclusão social por pobreza e/ou não integração social; melhorar os processos de trabalho dos professores com as suas turmas e alunos; motivar e envolver os alunos na sala de aula do século XXI.
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