“Não importa o que dizem, não vamos parar. Agora, recebemos ameaças à direita e à esquerda que nos dizem para parar (…), não voltaremos”, insistiu Erdogan.
A Turquia lançou na quarta-feira passada uma ofensiva no nordeste da Síria contra o YPG, uma milícia curda apoiada por países ocidentais, mas descrita como um “grupo terrorista” por Ancara.
Esta operação tem provocado crescentes protestos internacionais.
Depois de parecer dar luz verde a esta operação, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou em particular “aniquilar” a economia turca se Ancara “exceder os limites”.
Washington anunciou hoje que o secretário de Estado da Defesa dos EUA “encorajou fortemente” a Turquia “a interromper” a sua operação na Síria, numa conversa por telefone no dia anterior com seu homólogo turco.
A União Europeia criticou fortemente a ofensiva turca e um ministro francês disse sexta-feira que o mapa de sanções estava “sobre a mesa”.
A Turquia alega que esta operação visa estabelecer uma “zona de segurança” com 32 quilómetros de largura ao longo de sua fronteira para separá-la dos territórios controlados pelo YPG.
“Continuaremos nossa luta até que todos os terroristas desçam ao sul dos 32 quilómetros planeados”, afirmou Erdogan.
Entretanto, 10 civis foram hoje mortos por projéteis disparados a partir da Síria por milícias curdas, nas cidades fronteiriças da Turquia, denunciaram as autoridades turcas.
Segundo as agências de notícias Anadolu e DHA, oito civis foram mortos e 35 ficaram feridos num ataque à cidade de Nusaybin, na província de Mardin.
No início do dia, mais duas pessoas tinham sido mortas quando os projéteis atingiram uma casa, na área de Suruc.
Estes ataques elevam para 17 o número de civis mortos na Turquia desde o início da ofensiva do exército.
As explosões de mísseis e projéteis que atingiram várias cidades fronteiriças turcas também fizeram mais de 100 feridos.
Além disso, quatro soldados turcos foram mortos e vários ficaram feridos pelo YPG desde o início da operação.
Dois soldados foram mortos e três ficaram feridos hoje por projéteis disparados pelo YPG numa base militar turca perto de Azaz, uma cidade no noroeste da Síria que não fica na zona da operação em curso, segundo a agência de notícias estatal Anadolu.
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