As Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) são a principal componente das forças sírias democráticas, uma aliança de combatentes curdos e árabes que lutam contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, apoiados pelos Estados Unidos.
Mas a Turquia considera as YPG como um ramo sírio dos separatistas curdos no Partido dos Trabalhadores do Curdistão da Turquia (PKK). O PKK, que oferece uma luta armada sangrenta contra Ancara desde 1984, é classificado como terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais.
Ao longo desta semana, a Turquia realizou vários ataques contra forças rebeldes curdas no nordeste da Síria e que causaram 28 mortos, tendo os confrontos também acontecido ao longo da fronteira turco-síria.
Na sequência destes ataques, os Estados Unidos, que lideram a coligação internacional contra o grupo terrorista EI no Iraque e na Síria, enviaram veículos militares para o lado sírio da fronteira, onde estão a efetuar patrulhas com os membros do YPG.
“Infelizmente, a presença de uma bandeira americana ao lado de uma organização terrorista chamada YPG entristece-nos fortemente”, disse aos jornalistas Erdogan antes de voar para a Índia.
A aproximação dos Estados Unidos aos combatentes das milícias curdas YPG arrefeceu as relações turco-americanas, estando previsto que o chefe de Estado da Turquia se reúna com Donald Trump nos EUA em maio, para abordar esta questão.
“Falaremos quando se realizar o encontro com o presidente, a 16 de maio”, disse Erdogan, lamentando que a cooperação entre as forças dos EUA e do YPG, iniciada por Barack Obama, continue.
“Isto deve parar imediatamente. Caso contrário, continuará a ser um problema para a região e para nós”, sustentou.
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