Pontos essenciais:

  • O vulcão Whakaari / White Island, na Nova Zelândia, entrou em erupção esta segunda-feira;
  • Até ao momento, foram confirmadas seis vítimas mortais, dezenas de feridos e oito pessoas desaparecidas;
  • Trinta pessoas estão a receber tratamento em vários hospitais da região;
  • No momento da erupção, encontravam-se na ilha pelo menos 47 pessoas, muitas delas turistas;
  • A polícia anunciou que admite abrir uma investigação criminal para determinar se houve responsabilidades dos operadores turísticos na autorização de visitas ao local naquele momento;
  • As autoridades afirmam não ter encontrado "sinais de vida" na ilha depois de realizados vários voos de reconhecimento;
  • As operações de socorro continuam a decorrer para tentar encontrar os desaparecidos.

"A polícia pode confirmar que mais uma pessoa morreu na sequência da erupção do vulcão Whakaari / White Island, aumentando o número de vítimas mortais para seis", informaram as autoridades esta terça-feira.

A sexta vítima encontrava-se a receber tratamento no hospital de Middlemore, adianta a polícia.

O novo balanço aponta, assim, para seis mortos, oito desaparecidos, 30 pessoas hospitalizadas e três que já tiveram alta.

As autoridades adiantaram ontem que os operadores turísticos reportaram a presença de 47 pessoas na ilha no momento da erupção. Os primeiros números apontavam para cerca de 50 pessoas no local - a maioria, 30 a 38 pessoas, eram passageiros do cruzeiro "Ovation of the Seas".

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou que as equipas de resgate não encontraram “vestígios de vida” durante uma operação de busca em toda a ilha.

Durante o dia, aviões da polícia e da Força Aérea neozelandesas vão continuar a sobrevoar o vulcão para tentar encontrar os desaparecidos, embora as hipóteses de encontrar alguém com vida sejam reduzidas.

A polícia já admitiu abrir uma investigação criminal para determinar se houve responsabilidades dos operadores turísticos nas mortes causadas pela erupção do vulcão Whakaari. O nível de ameaça do vulcão foi aumentado na semana passada, o que levanta a questão de saber se os turistas deveriam ter tido autorização para visitar a Ilha Branca, também chamada Whakaari, no norte da Nova Zelândia.

“Vamos abrir uma investigação criminal sobre as circunstâncias em que as pessoas morreram e foram feridas”, disse o vice-comissário da polícia neozelandesa, John Tims, na conferência de imprensa.

A erupção, ocorrida às 14:11 de segunda-feira (01:11 em Lisboa), libertou uma espessa nuvem de fumo branco, a uma altura de 3,6 quilómetros.

Imagens captadas por uma câmara no local mostraram um grupo de meia dúzia de pessoas a andar pela cratera, alguns segundos antes da erupção do Whakaari.

Um “número considerável” de vítimas do desastre é australiana, de acordo com responsáveis da Austrália.

Entre os desaparecidos e feridos contam-se turistas da Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, China e Malásia, além de neozelandeses que os guiavam.

(Notícia atualizada às 12h37)