Os representantes das duas associações de diretores escolares garantem que estes são “casos excecionais” e que a grande maioria das escolas do país irá funcionar normalmente na segunda-feira.
“No domingo à noite estarão funcionários da autarquia e da escola a desmontar as estruturas de suporte às eleições eleitorais e a fazer a limpeza e desinfeção dos espaços, para que segunda-feira as aulas possam funcionar normalmente”, disse à Lusa David Sousa, vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
David Sousa admitiu que possa haver “um caso ou outro em que a escola não consegue abrir na segunda-feira de manhã”, mas serão sempre “exceções”.
O também diretor do Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo, em São Domingos de Rana, explicou que muitas vezes os funcionários ficam a trabalhar “às vezes até às três da manhã para assegurar que não se prejudica o funcionamento das escolas”.
A informação é corroborada pelo presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira: “No meu agrupamento não me passa pela cabeça não haver aulas na segunda-feira e essa é uma ideia transversal a todo o pais”, disse o também diretor do agrupamento de Escolas General Serpa Pinto de Cinfães.
Manuel Pereira recordou que muitas escolas são usadas para instalar as mesas de voto e que existem acordos entre os responsáveis autárquicos e os estabelecimentos de ensino para que os alunos não sejam prejudicados.
“A partir das dez da noite, pode começar o processo de arrumação e higienização dos espaços e por isso não faz sentido que se perca um dia de aulas porque não se organizaram as coisas no sentido de fazer esse trabalho na noite de domingo ou na manhã de segunda-feira bem cedo”, disse.
A obrigatoriedade de higienização dos espaços veio com a pandemia mas não será uma novidade nestas eleições, uma vez que as presidenciais já decorreram em ambiente de pandemia, no passado dia 24 de janeiro.
A Lusa contactou a Comissão Nacional de Eleições para saber quantas escolas serão utilizadas este domingo para as eleições autárquicas mas a CNE disse não ter essa informação centralizada.
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