De acordo com a editora, o estado de saúde de Leonor Xavier, que sofria há anos de um cancro, agravou-se no dia 01 de dezembro.
O velório decorre hoje a partir das 17:00 na Capela do Rato, em Lisboa. A missa de corpo presente terá lugar na terça-feira, no mesmo local, estando ainda por confirmar o cemitério para onde seguirá o funeral.
Para Guilhermina Gomes, responsável editorial do Círculo de Leitores e da Temas e Debates, onde Leonor Xavier publicou algumas das suas obras, incluindo a última, “Há laranjeiras em Atenas” (2019), a morte da escritora representou não só a perda de uma “querida autora”, mas também de “uma grande amiga” e de uma “mulher extraordinária”.
Manifestando-se “profundamente triste”, Guilhermina Gomes disse que estava em preparação um livro, a que Leonor deu o título “Adolescência”, mas que “infelizmente não o chegará a ver”. A obra será futuramente publicada, adiantou.
Nascida em Lisboa, em 1943, Leonor Xavier foi jornalista e escritora.
Licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mudou-se para o Brasil em 1975. Viveu e trabalhou naquele país até 1987, tendo sido correspondente do Diário de Notícias e redatora da revista Máxima, entre outras publicações.
Assinou a biografia “Raul Solnado, a vida não se perdeu”, em 2003, e foi autora da biografia de Maria Barroso, de 1995, a que deu o título “Maria Barroso, um olhar sobre a vida”.
Entre as suas obras contam-se os romances “Ponte-Aérea”, “O Ano da Travessia”, “Botafogo”, os ensaios “Contributo para a história dos portugueses no Brasil”, “Portugal, Tempo de Paixão”, “Portugueses do Brasil e brasileiros de Portugal” e as crónicas “Colorido a Preto e Branco”.
A 23 de abril de 1987, foi agraciada com o grau de Oficial da Ordem do Mérito.
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