O 15.º Congresso Internacional do Conto em Inglês é organizado pela Faculdade de Letras e pelo Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL), em conjunto com a Sociedade para o Estudo do Conto em Inglês, que assinala nesta data o seu 30.º aniversário.
O congresso vai decorrer entre os dias 27 e 30 de junho, na Universidade de Lisboa, subordinado ao tema “Além da história: O esplendor do conto”.
“A 15.ª Conferência Internacional sobre o conto em inglês traz escritores de várias nacionalidades para Lisboa, uma cidade onde as culturas do mundo se encontram e as histórias da História se desenrolam em cada esquina. Neste cenário, escritores de ficção em inglês, ou autores que tenham sido traduzidos para o inglês, juntamente com estudiosos do conto, participarão em sessões de leitura, mesas redondas e painéis, bem como nas sessões mais tradicionais de apresentação de trabalhos”, afirma a organização na página oficial do congresso.
Com este encontro internacional, a organização aguarda “com expectativa” a oportunidade de “destacar a variedade de maneiras pelas quais o conto ganha uma forma específica, esbate as fronteiras com outros estilos literários, vai para além do meio escrito e apropria-se de outros processos e linguagens artísticas, moldando-se novamente, num processo sem fim”.
“De facto, provando ser um meio extremamente resiliente, o conto tem vindo a mudar, ao longo dos tempos, as tendências estéticas, sem nunca perder o núcleo que o torna uma forma distinta de expressão do génio humano”, acrescenta.
Entre os escritores portugueses presentes no congresso, contam-se Teolinda Gersão, Lídia Jorge, Hélia Correia, Maria Teresa Horta, Luísa Costa Gomes, Gonçalo M. Tavares, Mário de Carvalho, Jacinto Lucas Pires, José Riço Direitinho, Onésimo Almeida e Rui Zink, entre outros.
Quanto aos autores estrangeiros, são esperados nomes como Robert Olen Butler, vencedor do Prémio Pulitzer, Clark Blaise, galardoado com o ‘Lifetime Achievement Award’ da Academia Americana de Artes e Letras, e Ge Liang, vencedor do ‘Unitas Fiction Writer’s Prize of Taiwan’.
O congresso conta ainda com a presença de alguns escritores lusodescendentes, como os luso-americanos Katherine Vaz e Darrell Kastin, ou como Minoli Salgado, do Sri Lanka.
No dia anterior ao início do encontro, 26 de junho, vão decorrer várias oficinas em inglês, cuja frequência não obriga à participação no congresso.
Jacinto Lucas Pires orientará uma destas sessões, na qual abordará o tema “listening” (ouvir, na tradução para português), na medida em que “escrever é uma forma de ouvir”, de dar espaço à voz específica de cada história.
Luísa Costa Gomes vai estar responsável por uma oficina intitulada “Beginnings” (começos), focado nos contos e nas suas aberturas.
“Como começar contos? Como criar inícios fortes? Como é que isso pode afetar a restante narrativa?”, estes são os pontos de partida para uma conversa, em que serão analisados alguns exemplos e partilhadas algumas ideias, no sentido de dar resposta a estas questões.
O preço por oficina é de 150 euros e a lotação máxima é de 12 participantes, adianta a organização.
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