“Propus a convocação de eleições para 28 de abril”, disse Pedro Sánchez numa declaração institucional feita no Palácio da Moncloa, sede do executivo espanhol.
A decisão foi anunciada depois de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros do Governo minoritário do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que durou uma hora.
O anúncio tem lugar depois de o primeiro projeto de Orçamento de Pedro Sánchez ter sido chumbado na última quarta-feira pelo parlamento.
As dúvidas sobre se Sánchez iria tentar continuar a Governar com a prorrogação das contas do anterior executivo do Partido Popular (direita) foram desfeitas na quinta-feira pela sua ministra da Fazenda.
María Jesús Montero assegurou, numa entrevista a uma rádio, que, o primeiro-ministro iria “comunicar a convocatória de eleições” e que a única “dúvida é quando” se irão elas realizar: “Durante o ano de 2019 de certeza […] a data concreta só ele [Pedro Sánchez] a conhece”, acrescentou à data.
Pedro Sánchez é chefe do Governo desde junho último, depois do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), com apenas 84 deputados num total de 350, ter conseguido aprovar uma moção de censura ao executivo também minoritário anterior liderado por Mariano Rajoy.
Os partidos independentistas catalães, que foram decisivos há oito meses na subida ao poder do secretário-geral do PSOE, votaram na quarta-feira ao lado da oposição de direita na devolução ao executivo da totalidade das contas de Estado.
A proposta de Orçamento Geral do Estado espanhol para 2019 foi rejeitada no Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento) com os votos da ERC (Esquerda Republicana de Catalunha) e do PDeCAT (Partido Democrático Europeu da Catalunha), que se juntaram ao PP (Partido Popular, direita), Cidadãos (direita liberal), Foro Asturias (regionalista) e Coligação Canárias (regionalista).
A totalidade das contas do Estado foi devolvida ao Governo por 191 votos a favor contra 158 contra e uma abstenção.
Trata-se da segunda vez na democracia espanhola que o parlamento chumba o Orçamento, depois de em 1995 ter também recusado as contas de 1996 propostas pelo Governo, também socialista, de Felipe González, o que na altura levou à marcação de eleições antecipadas.
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