O governador do Ceará, Camilo Santana, e o vice-presidente da multinacional chinesa, Larry Wang, firmaram o protocolo de intenções, sem, no entanto, revelarem quantias ou datas para a execução do projeto.

“O Ceará é um estado pioneiro no Brasil no processo de energias renováveis, tanto eólica, quanto solar. Queremos retomar a nossa vanguarda”, afirmou Camilo Santana, citado num comunicado daquele Governo estadual.

“Temos procurado estimular e intensificar essa política de investimento em energias renováveis em toda a sua cadeia, porque acreditamos que ela é importante para o Ceará e para o mundo”, acrescentou o governador.

Fundada em 1993, com sede em Zhongshan Guangdong, na China, a Mingyang Smart Energy é fabricante de turbinas eólicas de primeira classe e fornecedora de soluções integradas de energia limpa.

A multinacional ocupa a 37.ª posição entre as 500 maiores empresas de novas energias do mundo e a 1.ª em inovação eólica ‘offshore’, sistema que aproveita a força do vento que sopra em alto-mar, informou o executivo cearense.

O Brasil, com forte compromisso com a energia eólica ‘onshore’ (em terra), também começa a olhar para novos horizontes com a geração de energia ‘offshore’ na região nordeste do país, cuja extensa costa e condições climáticas favoráveis ao vento aumentam o seu potencial.

A tecnologia “‘offshore’ não é simplesmente a geração de energia renovável. É o grande propulsor de desenvolvimento económico para cada país e região onde esse sistema se instala”, declarou Larry Wang.

O estudo “Brazil Wind Generation Guidebook” (Guia da geração de vento no Brasil, na tradução livre para português), do banco BTG Pactual, apontou que os estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte geram ventos constantes com médias de altas velocidades, condições consideras perfeitas para uma capacidade adicional de vento ‘offshore’.

Também estudos preliminares da Universidade Federal de Santa Catarina e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com dados até maio de 2019, consideram que o potencial de geração de energia eólica ‘offshore’ no Brasil é de 11.000 gigawatts, com 57% localizados nos nove estados da região nordeste.