"O PS é uma força central da vida portuguesa, tem esse papel em toda a história da democracia. Compete-nos assegurar que exista um clima de concertação interpartidária e diálogo social, mas a nossa escolha, de um ponto de vista de uma agenda política do presente e do futuro, é centrada na colaboração com os partidos da esquerda", afirmou Carlos César no fim do debate sobre o estado da nação, no parlamento.

O também presidente do PS reconheceu que cada um dos quatro partidos em causa "tem as suas diferenças" e "é direito de PS, PCP, BE e PEV afirmarem essas diferenças", algo que considerou "justo e transparente" até para os portugueses.

"Mas também este debate evidenciou, como em toda a legislatura, naquilo que é mais importante, sabemos privilegiar a convergência em detrimento dessas divergências", afirmou, reforçando que "o empenhamento" do PS é "na concretização de acordos" efetuados, "trabalhando em comum e honrando-os".

"Estamos também convencidos de que a esquerda portuguesa pode dar um contributo decisivo para que este caminho que está a ser feito seja feito também no futuro", continuou.

Carlos César destacou os "inúmeros progressos - emprego, economia -, simultaneamente satisfazendo compromissos de consolidação das finanças públicas" conseguidos ao longo de "quase três anos", mas admitiu que Portugal ainda é um "país muito desigual, com muitos problemas quanto ao futuro e estabilidade das famílias, em particular dos jovens" e que "a economia tem riscos e ameaças", devido a "instabilidades externas".

"Estamos conscientes, trabalhamos com seriedade, mas não nos podem privar do orgulho que temos em termos conseguido, em menos de três anos, tantos progressos em tantas áreas com benefícios para os portugueses", congratulou-se.