Em resposta às questões da Lusa, fonte oficial do banco central disse que “no cumprimento do contrato celebrado com o Novo Banco em outubro de 2017, o Fundo de Resolução efetuou no dia 06 de maio o pagamento devido em 2019, no montante de 1.149 milhões de euros”.

Para realizar a operação, o “Fundo de Resolução utilizou os seus recursos próprios (resultantes de contribuições devidas, direta e indiretamente, pelo setor bancário) e recorreu ainda a um empréstimo junto do Estado, no montante de 850 milhões de euros”.

Este valor, segundo a mesma fonte, corresponde ao “limite máximo” de financiamento acordado entre o Fundo de Resolução e o Estado em outubro de 2017, acrescentando que o pagamento foi feito nos termos do contrato, “após se ter confirmado que estavam cumpridos os respetivos pressupostos”.

Na quinta-feira, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse que o Novo Banco já tinha recebido a injeção de capital do Fundo de Resolução.

“Já foi feita [a injeção de capital] no princípio desta semana e está tudo a decorrer normalmente. O valor foi o valor que tínhamos projetado”, afirmou Mário Centeno aos jornalistas, à margem de uma aula aberta sobre "O Euro e o futuro da Europa", em Lisboa.

Em 01 de fevereiro, na apresentação de resultados de 2018 do Novo Banco, a instituição liderada por António Ramalho confirmou que iria pedir 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução.

Na quinta-feira, o ministro acrescentou que a operação tinha sido feita “através do Fundo de Resolução, com recurso a um empréstimo de parte desse valor, empréstimo esse que foi concedido pelo Tesouro ao Fundo de Resolução”. Porém, quando questionado, Mário Centeno não revelou o valor do empréstimo, que agora o Banco de Portugal disse ser de 850 milhões de euros.

Em 2018, para fazer face a perdas de 2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução é uma entidade financiada pelas contribuições dos bancos do sistema (entre os quais o público Caixa Geral de Depósitos), mas está na esfera do Estado (conta para o défice orçamental) e é gerido pelo Banco de Portugal.