Durante uma breve visita à Dinamarca, Pompeo anunciou um novo acordo comercial e de pesca sustentável com as ilhas Faroé, um território dinamarquês no Atlântico Norte, referindo os planos norte-americanos para aumentar a presença no Ártico.

“Este é um novo dia para os Estados Unidos na Gronelândia”, disse Pompeo, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo dinamarquês, Jeppe Kofod.

Os Estados Unidos reabriram o consulado em Nuuk, capital da Gronelândia, no passado mês, um ano depois de o Presidente Donald Trump ter declarado interesse em comprar essa região, numa afirmação que foi de imediato rejeitada pelo Governo dinamarquês e até ridicularizada pelos ‘media’ locais.

“Essa discussão foi tratada no ano passado. Não esteve em cima da mesa”, disse hoje o ministro da Cultura das ilhas Faroé, Jenis av Rana, antes do encontro com Pompeo, dizendo que estava mais interessado em discutir o papel que Washington poderá desempenhar no Atlântico Norte e no Ártico.

“Estamos muito preocupados com a hipótese de o Ártico se tornar um local de jogo ou um cenário de guerra para as grandes potências”, disse Rana, referindo-se ao forte investimento que a Rússia tem feito na região e às declarações de intenção de presença manifestadas pelo Governo chinês.

Nas conversas com Kofod e com a primeira-ministra dinamarquesa, Mete Frederiksen, Pompeo destacou a importância da independência energética da região face à Rússia.

O Governo norte-americano opõe-se veementemente contra a construção do oleoduto Nord Stream 2, que atravessa o mar Báltico, desde a Rússia até à Alemanha e, na semana passada, o Departamento de Estado alertou as empresas envolvidas no projeto de que estariam sujeitas a sanções dos EUA, se continuassem a laborar no projeto.

A agência ambiental da Dinamarca, que tinha levantado reservas sobre a construção da última parte do oleoduto, abandonou a sua posição de obstáculo, em outubro passado, levando os Estados Unidos a pressionar Copenhaga para que interrompa o projeto do oleoduto.

O oleoduto, com 1200 quilómetros de extensão, também é contestado pelos países do leste europeu, que alegam que aumentará a dependência energética da Europa face à Rússia.

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