“Continuamos profundamente preocupados com o fato de os venezuelanos estarem a enfrentar terríveis condições humanitárias, incluindo a falta de acesso a alimentos, a medicamentos vitais e suprimentos médicos, a desnutrição e um aumento nos casos de malária, entre outras realidades severas”, indica uma nota do Departamento de Estado norte-americano hoje divulgada.
De acordo com aquele organismo, os Estados Unidos da América mantêm uma reserva de suprimentos de emergência na região e “está pronto a fornecer assistência alimentar de emergência, incluindo produtos alimentares e nutricionais ou assistência às populações afetadas”.
“Essas provisões poderiam ser disponibilizadas imediatamente, somente se o Governo da Venezuela aceitasse a assistência humanitária internacional. Repetimos o nosso apelo ao regime de [Nicolás] Maduro que pare de negar as necessidades do seu povo e que permita a ajuda da comunidade internacional que está ao seu alcance”, refere o comunicado.
O Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nega que a Venezuela atravesse uma crise humana e recusou aceitar ajuda humanitária sob o argumento de que o país é capaz de produzir e conseguir bens essenciais para os seus cidadãos.
Segundo a nota, as sanções dos Estados Unidos permitem que os cidadãos norte-americanos forneçam alimentos, remédios e outros tipos de ajuda humanitária aos venezuelanos.
“As sanções dos Estados Unidos não são dirigidas ao povo da Venezuela. As sanções não precisam ser permanentes”, adianta o comunicado.
“Nossas sanções podem ser ajustadas para aqueles que apoiam o retorno da Venezuela a um caminho democrático e constitucional. No entanto, medidas adicionais permanecem sob consideração ativa”, sublinhou o documento.
Para o Departamento de Estado norte-americano, “se os membros do regime de Maduro quiserem que as sanções governamentais dos Estados Unidos sejam levantadas, devem agir para restaurar a democracia e a ordem constitucional na Venezuela. O futuro das sanções dos Estados Unidos baseia-se nas decisões e ações do regime de Maduro”.
Mais de 40 funcionários do Governo de Caracas, incluindo o próprio Presidente Maduro, estão a sofrer sanções, neste ano, por parte dos Estados Unidos.
Estas sanções económicas impedem a Venezuela de negociar empréstimos com credores norte-americanos e proíbem as negociações com títulos da dívida do Estado venezuelano e da petrolífera estatal PDVSA.
Em novembro, a União Europeia decidiu, por unanimidade, aplicar sanções à Venezuela, entre as quais um embargo de armas e de outro material que possa ser usado para a repressão interna, e adotou o quadro legal para proibição de viagens e congelamento de bens.
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