“Em 2018, os estrangeiros adquiriram 1.592 imóveis residenciais na ARU de Lisboa, num investimento total de 675,6 milhões de euros”, segundo os dados apurados, que incidem sobre a aquisição de imóveis residenciais realizada por particulares e que refletem “um aumento de 80% em volume (375 milhões de euros em 2017) e de 67% em número de imóveis (955 imóveis em 2017)”.

Esta dinâmica do mercado residencial resultou no aumento da quota do investimento estrangeiro, que passou de 21% em 2017, face a um volume de 1,79 mil milhões de euros, para “28% do total de 2,39 mil milhões de euros investidos em habitação na ARU de Lisboa em 2018”.

De acordo com a Confidencial Imobiliário, os compradores estrangeiros investiram, “em média, 424,5 mil euros por operação” durante 2018, o que corresponde a um aumento de 8% em relação aos 393,5 mil euros investidos em 2017, assim como a “cerca de 38% mais do que investiram os compradores nacionais no mesmo período (306,7 mil euros)”.

Relativamente à origem dos investidores, os dados de 2018 contabilizam “compradores oriundos de 80 países diferentes”, face às 54 nacionalidades verificadas em 2017, abrangendo “todas as partes do globo, inclusive África, Ásia, América do Sul e América do Norte, Oceânia, Europa Ocidental, Central, de Leste e Mediterrânea, e ainda Médio Oriente”.

Apesar do leque diverso de investidores estrangeiros, “cinco países continuam a concentrar mais de metade do investimento internacional em habitação na ARU (55%)”, designadamente França (18%), China (14%), Brasil (8%), Reino Unido e Estados Unidos da América (ambos com pesos de 7%).

Em termos geográficos, as freguesias lisboetas de Santo António e Santa Maria Maior são as mais procuradas pelos estrangeiros, concentrando 16% e 15%, respetivamente, do investimento internacional em habitação em 2018.

Com maior procura internacional na ARU de Lisboa , destacam-se também as freguesias de Arroios, Misericórdia e Estrela, com quotas de 13%, 12% e 11%, respetivamente, revelou a Confidencial Imobiliário, enaltecendo o “impulso do investimento estrangeiro” nas freguesias de Alcântara, Alvalade, Beato e Campolide, que, “não obstante manterem quotas reduzidas do total do investimento internacional (inferiores a 3%), captaram três vezes mais capital estrangeiro do que em 2017”.

A ARU de Lisboa cobre praticamente todo o território da cidade, excluindo algumas zonas como o Parque das Nações, as Laranjeiras ou a Alta de Lisboa, pelo que a análise de investimento imobiliário considera todas as freguesias da cidade, excluindo as do Parque das Nações, Lumiar e Santa Clara.

A empresa Confidencial Imobiliário é especializada na produção e difusão de indicadores de análise do mercado, detendo índices e bases de dados exclusivas sobre a oferta e vendas de fogos, com detalhe à freguesia, através de um levantamento de informações junto de promotores, mediadores e avaliadores imobiliários, além da banca.