"Pela saúde humana e pelo ambiente, os padrões de consumo alimentar terão que mudar", aponta-se no documento elaborado por um conselho que reúne as academias de ciências dos países da União Europeia, Noruega e Suíça.

A redução do consumo de proteína animal seria um dos passos a dar, argumentam os investigadores, que defendem que se deve investigar até que ponto os consumidores estariam disponíveis para aceitar alternativas inovadoras.

Oportunidades não faltam nos oceanos mas é preciso dominar mais as técnicas de criação de recursos para consumo humano, enquanto a cultura de carne 'in vitro' "pode ter um impacto ambiental mais baixo do que a criação de gado e isto também tem que ser investigado".

"As alternativas às formas tradicionais de proteína animal que a Europa poderia admitir incluem alimentos dos oceanos, carne criada em laboratório e insetos", refere-se.

Os investigadores apelam aos decisores para que se acabe com "os perversos incentivos no preço das dietas calóricas e se introduzam incentivos à alimentação nutritiva a preço razoável".

Os países da União Europeia devem saber mais sobre o desperdício nos ciclos alimentares para o poder reduzir e cumprir os objetivos da economia circular.

Pela via da genética, os investigadores salientam que "a Europa não deve abrandar nas oportunidades oferecidas pela engenharia genética e agricultura de precisão".

Aos decisores políticos, recomenda-se que tenham em conta as descobertas nesses campos para ganhar em "saúde animal e produtividade e para a agricultura".

"As alterações climáticas vão ter impactos negativos na alimentação, exigindo-se a prática de agricultura adequada ao clima e adoção de inovações na criação de plantas para enfrentar as secas", salienta-se no documento.

Os investigadores destacam ainda que todos os países têm problemas de nutrição para resolver, seja a subnutrição e falta de micronutrientes ou o excesso de peso e obesidade.

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