Em comunicado, a UMinho explica que o estudo coordenado pelo professor da Escola de Engenharia da UMinho José Campos e Matos vai ainda "permitir a análise homogénea das condições e do nível de manutenção" das pontes, sendo que a iniciativa decorre do projeto BridgeSpec, que junta 250 peritos de 37 países e conta com 800 mil euros de fundos europeus até 2019.

"Até aqui, o controlo de qualidade nos vários países era muito empírico, baseado em custos e questões técnicas, ou seja, se a ponte estava a funcionar. O nosso grupo adiciona três parâmetros: o custo para o utilizador se a via está indisponível, os riscos da ponte na segurança do utilizador e o risco ambiental de a estrutura se degradar e não haver intervenções", enumera o docente, citado em comunicado.

Para o investigador, estas diretrizes adequam-se melhor à realidade, já que "permitem deslocações com qualidade e segurança, diminuindo problemas como fissuras e pilares em estado crítico ou ficar-se retido nas obras, por exemplo”.

Além disso, continua, "garante decisões mais acertadas na construção, manutenção e mesmo demolição da estrutura, bem como um controlo de custos rigoroso".

A UMinho refere que o BridgeSpec "gerou tanto interesse que integra, além de universidades, projetistas, inspetores, donos de obra, concessionárias, diversas entidades estatais de gestão, como a Infraestruturas de Portugal e as congéneres da Alemanha, Holanda, Noruega, Estónia, Letónia e Islândia".

No texto, salienta-se que "a possibilidade de a União Europeia vir a adotar as normas chamou também para parceiros o Comité Europeu de Normalização e a conhecida Organização Internacional de Normalização (ISO)".

Em Portugal, explica a academia minhota, decorre um projeto-piloto em algumas pontes de alvenaria, betão e aço, sendo que o tema tem despertado a "atenção de outras geografias", nomeadamente no Chile, Colômbia, África do Sul, EUA, Índia e Japão.