O estudo foi desenvolvido entre 2013 e 2014 e hoje foram apresentados os resultados do perfil antropométrico dos madeirenses adultos, divididos por uma série de critérios associados ao perfil, sendo esta a primeira fase do estudo.
"Estamos com um grau de excesso de peso elevado, com 59% da população adulta da região nesses níveis", afirmou Teresa Esmeraldo, da Unidade de Nutrição e Dietética do SESARAM, especificando que "desses 36% estão em pré-obesidade e 23% em obesidade".
Comparado com o Inquérito Alimentar Nacional de Atividade Física relacionado no início do ano e quando comparado com a faixa etária regional - dos 18 aos 64 anos - a especialista considera que a população madeirense "só tem nove décimas a mais de percentagem de peso".
Dos dados revelados hoje, foi possível determinar que "40% da população tem atividade física baixa" e a refeição do pequeno almoço é a primeira refeição, das três principais, a mais omitida.
Teresa Esmeraldo realçou ainda que os dados permitem afirmar que a relação peso/altura diminui com a literacia, ou seja, "quanto maior a literacia, menor é o índice de obesidade".
Existe um estudo regional feito há 15 anos atrás e quando comparado com esse, o atual, revela "as mulheres tinham menos um quilo e meio, em média, de peso, e os homens menos três quilos e meio".
A nova fase do estudo vai ser aquela que "poderá designar qual o padrão alimentar dos madeirenses, ao analisar a composição das refeições e depois fazer a correlação com, por exemplo, do peso/altura-número de refeições, afirmou, sendo que posteriormente poderá existir "a possibilidade de ser feita uma caracterização descritiva".
Apesar de existirem outros estudos anteriores, problemas na base de dados tem dificultado o trabalho de análise, sendo estes, por agora, os possíveis de serem apresentados com certeza.
A amostra foi feita em 933 pessoas, com os resultados validados, com cerca de 80% da população a considerar que "acha estar bem informada ou muito bem informada sobre alimentação".
Teresa Esmeraldo relembrou que a Madeira foi "a região pioneira em estabelecer linhas orientadoras para as escolas e para os ‘buffets’ escolares", mas que neste momento "há dificuldade em monitorizar se essas orientações estão a ser cumpridas porque as pessoas se sentem intimidadas por julgarem que estão a ser controladas".
Sugeriu ainda que exista "ousadia da classe política em arranjar formas ou medidas para que as orientações sejam cumpridas".
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