O projeto de declaração terá sido apresentado pelo Kuwait, que representa os países árabes no Conselho. O Kuwait pedia "uma investigação independente e transparente" aos atos de violência, expressando "séria preocupação com a situação na fronteira".
Também reafirmava "o direito ao protesto pacífico" e "o pesar [do Conselho] pela perda de vidas inocentes palestinianas".
O rascunho da declaração terá sido apresentado ao Conselho na sexta-feira, mas no sábado os Estados Unidos colocaram objeções e disseram que não apoiavam a sua adoção, segundo disse à AFP um diplomata do Conselho de Segurança.
A declaração também pedia "respeito pelo direito internacional humanitário, incluindo a proteção de civis", de acordo com o projeto ao qual a AFP teve acesso. A agência pediu um comentário à representação americana, mas não obteve resposta.
Dezenas de milhares de palestinianos, incluindo mulheres e crianças, convergiram na sexta-feira para a barreira fronteiriça que separa a Faixa de Gaza de Israel, no protesto "A grande marcha do regresso".
A jornada, na qual morreram 16 palestinianos e ficaram feridos mais de 1.400, é considerada a mais mortífera desde 2014, ano da última guerra entre Israel e o movimento radical islâmico da Palestina Hamas.
Os Estados Unidos manifestaram-se "profundamente entristecidos" com os acontecimentos de sexta-feira. A ONU e a União Europeia exigiram uma investigação independente.
Comentários