O presidente da CNN Jeff Zucker publicou no Twitter a informação de que um pacote suspeito enviado para os escritórios da cadeia televisiva norte-americana esta segunda-feira tinha sido intercetado, pelo que não chegou a ser entregue no destino.

Zucker adiantou que não havia perigo iminente e que, desde quarta-feira, dia 24, quando os escritórios da CNN em Nova Iorque foram evacuados por causa de um outro pacote suspeito, toda a correspondência da CNN está a ser examinada.

Ainda na sexta-feira, dia 26, as autoridades norte-americanas tinham intercetado mais dois pacotes suspeitos, endereçados ao senador Cory Booker e ao ex-diretor dos serviços de inteligência James Clapper.

Já foi detido um suspeito, identificado como sendo Cesar Sayoc, de 56 anos, que terá antecedentes criminais, segundo os ‘media’ norte-americanos. O homem está acusado de cinco crimes federais.

Os alvos são políticos e outras figuras proeminentes, entre os quais Hillary Clinton, George Soros, Barack Obama, Joe Biden, Ribert de Niro, a congressista Maxime Waters, entre outros. Um pacote suspeito levou igualmente à evacuação dos escritórios da CNN no edifício Time Warner, em Manhattan.

Segundo as autoridades, alguns dos artefactos explosivos tiveram origem na Florida.

Todos os pacotes suspeitos enviados não detonaram e não há feridos a registar, sendo que vários foram intercetados antes de chegarem ao destinatário.

Trump acusou os meios de comunicação social de serem “em grande parte” responsáveis pela “raiva” existente atualmente na sociedade norte-americana, apesar de na véspera ter lançado um apelo à unidade ao reagir ao envio dos pacotes armadilhados.

“Em momentos como estes, temos de nos unir”, declarou na quarta-feira na Casa Branca, adiantando: “Os atos e ameaças de violência política, seja qual for a sua natureza, não têm lugar nos Estados Unidos”.

[Notícia atualizada às 15h24 de 29.10.18 - Altera o número de pacotes suspeitos para 14]