O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom, na sigla em inglês) afirmou num comunicado divulgado na rede social X (antigo Twitter) que o ataque foi conduzido por volta das 04:00 em Sanaa (02:00 em Lisboa).
“As forças dos EUA identificaram o míssil de cruzeiro em áreas do Iémen controladas pelos Houthis e determinaram que ele representava uma ameaça iminente aos navios da Marinha dos EUA e aos navios mercantes na região”, referiu o Centcom.
“Esta ação irá proteger a liberdade de navegação e tornar as águas internacionais mais seguras para os navios e navios mercantes da Marinha dos EUA”, garantiu o comunicado.
Horas antes, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma nova onda de ataques contra os rebeldes Houthis em 13 pontos do Iémen.
“Estes ataques têm como objetivo interromper e degradar ainda mais as capacidades dos Houthis, apoiados pelo Irão, para levarem a cabo os seus ataques imprudentes e desestabilizadores contra navios norte-americanos e internacionais que transitam legalmente no mar Vermelho”, afirmou o Pentágono em comunicado.
O Pentágono afirmou que foi apoiado nesta ação militar pela Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Países Baixos e Nova Zelândia.
A coligação atingiu 13 locais associados a instalações de armazenamento de armas Houthis, lançadores de mísseis, sistemas de defesa aérea e radares Houthis profundamente enterrados.
“Esta ação coletiva envia uma mensagem clara aos Houthis de que continuarão a sofrer mais consequências se não pararem os seus ataques ilegais à navegação internacional e aos navios de guerra”, acrescenta o comunicado.
Por seu lado, os rebeldes do Iémen acusaram Estados Unidos e Reino Unido de uma nova ronda de bombardeamentos contra a capital, Sanaa, e outras quatro províncias controladas pelos insurgentes, num contexto de escalada da violência no Médio Oriente após os ataques aéreos de Washington na Síria e no Iraque na sexta-feira.
Os Houthis, um grupo apoiado pelo Irão e considerado terrorista por Washington, levaram a cabo dezenas de ataques a navios comerciais no mar Vermelho, em retaliação pela ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Os ataques sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva no território palestiniano lançada por Telavive causou mais de 26 mil mortos, de acordo com dados das autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas desde 2007.
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