"A preocupação que temos agora é baseada na informação que temos de que estão a considerar fornecer apoio letal" a Moscovo para ser utilizado na invasão da Ucrânia, disse Blinken à estação televisiva CBS, especificando que tal ação envolveria "tudo, desde munição até às próprias armas".

Blinken fez comentários semelhantes numa série de entrevistas, no sábado, onde participou da Conferência de Segurança de Munique e se encontrou com seu homólogo chinês, Wang Yi, numa conversa que a diplomacia dos EUA descreveu como "franca e direta".

O secretário de Estado dos EUA alertou-o sobre as "implicações e consequências" para a China se for descoberto que esta está a fornecer "apoio material" à Rússia na Ucrânia ou ajudando-a a escapar das sanções ocidentais pela invasão, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, relatando a conversa bilateral.

Ainda em declarações à ABC, Blinken enfatizou que o presidente dos EUA, Joe Biden, havia alertado o seu homólogo chinês, Xi Jinping, já em março passado, para não enviar armas para a Rússia.

Desde então, "a China tem tido o cuidado de não cruzar essa linha, atrasando até mesmo a venda dos sistemas de armas letais para uso no campo de batalha", segundo uma fonte do governo Biden familiarizada com o assunto.