“Queremos alertar o público de que identificámos dois atores estrangeiros, Irão e Rússia, que tomaram ações específicas para influenciar a opinião pública em relação às nossas eleições”, afirmou John Ratcliffe durante uma conferência de imprensa.
Segundo o responsável, tanto a Rússia quanto o Irão acederam a dados de eleitores dos EUA, informações que Teerão já teria usado para prejudicar o Presidente, Donald Trump.
“Já vimos o Irão a enviar e-mails falsos com o objetivo de intimidar os eleitores, incitar tensões sociais e prejudicar o Presidente”, adiantou.
Em relação à Rússia, o diretor nacional dos serviços de informação disse não haver provas até ao momento de que tenha utilizado as informações que obteve.
“Esses dados podem ser usados (…) para se tentar dar informações falsas aos eleitores registados, na esperança de semear confusão e o caos, e minar a confiança na democracia americana”, explicou.
As declarações de Ratcliffe ocorrem depois de eleitores democratas em estados como Florida ou Alasca receberam ‘e-mails’ intimidatórios nos últimos dias, supostamente enviados pelo grupo de extrema direita Proud Boys.
Os e-mails, que os Estados Unidos disseram terem sido enviados pelo Irão, ordenando os democratas a votarem em Trump.
Na mesma conferência de imprensa, o diretor do FBI, agência encarregada de garantir a segurança eleitoral, disse que “não ai tolerar interferência estrangeira” nas eleições norte-americanas.
“Trabalhámos durante anos para construir resiliência na nossa infraestrutura eleitoral e hoje essa infraestrutura continua forte. (…) Podem estar confiantes de que o seu voto conta”, assegurou Christopher Wray.
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