Scott Rhodes, um propagandista neonazi, foi considerado responsável por, em 2018, ter feito chamadas automatizadas para pessoas por todos os Estados Unidos “dirigidas a comunidades específicas com a intenção de causar danos”.

Em resposta, a Comissão Federal para as Comunicações aplicou a Scott uma multa de 12.9 mil dólares (cerca de 11.6 mil euros). De acordo com a comissão, era utilizado uma plataforma online para fazer as chamadas, de forma a alterar as informações de identificação de quem fazia os telefonemas, para que estes parecessem vir de um número das redondezas.

As chamadas eram feitas em alturas de eleições ou de eventos que, de alguma forma, marcaram a atualidade noticiosa. Em Iowa, por exemplo, Rhodes procurou explorar um assassinato para promover o racismo, falando de uma “multidão castanha” de imigrantes. Na Geórgia, fez-se passar pela famosa Oprah Winfrey, como autora da chamada. Registaram-se casos também na Califórnia, Flórida e Virginia.

De acordo com a comissão, Rhodes tinha como objetivo promover-se a si, às suas crenças, numa altura em que estava a produzir um vídeo racista intitulado The Road to Power (O Caminho para o Poder).

Segundo o Guardian, num outro caso, Rhodes utilizou o mesmo estratagema para ameaçar jornalistas de uma publicação local que o tinham identificado como o disseminador de material de propaganda neonzai em Idaho e na Virginia.