Os Estados Unidos da América (EUA) estão a oferecer uma recompensa de 20 milhões de dólares (quase 18 milhões de euros) por informações que levem à detenção de um iraniano, acusado de conspirar para assassinar o ex-assessor de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, em Washington DC ou Maryland.

Segundo a BBC News, Shahram Poursafi, membro da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão (IRGC), é acusado de tentar contratar criminosos nos EUA para matar Bolton, um crítico ferrenho do Irão, em troca de 300 milhões de dólares (quase 269 milhões de euros).

De acordo com as autoridades, o iraniano Poursafi tentou contratar os homens já entre outubro de 2021 e abril de 2022. Um deles seria, inclusive, uma fonte confidencial de investigadores dos EUA.

A sua motivação para planear o crime terá sido o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, ordenado por Donald Trump quando ainda estava na Casa Branca.

Acusado em 2o22 pelo Departamento de Justiça dos EUA, Shahram continua foragido desde então e as autoridades acreditam que o homem já não esteja em território norte-americano.

O anúncio surge na mesma semana em que Donald Trump denunciou aos Serviços Secretos dos EUA um alegado plano de assassinato do Irão contra o próprio.

O republicano chegou mesmo a publicar na rede social X: "Há grandes ameaças à minha vida por parte do Irão". "Eles já executaram algumas ações que não deram certo, mas eles vão tentar novamente", continuou.

Contudo, o Irão já negou qualquer intenção de assassinar Trump ou de interferir nos assuntos norte-americanos.

Em entrevista à NBC News, o vice-presidente iraniano Mohammad Javad Zarif negou as acusações de que o seu Governo tentou assassinar críticos do Irão no exterior.

“Nós não assassinamos pessoas, mas o facto é que eles assassinaram um importante general iraniano”, acrescentou.

Até ao momento, não há evidências de que o Irão está envolvido em qualquer uma das recentes tentativas de assassinato de Trump.

No entanto, o FBI e as agências de inteligência dos EUA alertaram que hackers iranianos roubaram e tentaram distribuir informação sobre a campanha eleitoral de Donald Trump para "fomentar a discórdia" e minar as instituições dos EUA antes das eleições de novembro.