“Antes de mais nada, não estou a perder, porque são sondagens falsas”, disse o político milionário sobre uma sondagem que mostra Biden com um avanço de oito pontos percentuais, com 49% contra 41% de Trump.

“Biden é incapaz de alinhar duas frases seguidas”, atacou de seguida o Presidente norte-americano, que quando foi questionado se considerava o oponente “senil” não foi tão longe.

“Não quero dizer isso, eu diria que ele não está qualificado para ser Presidente. Para ser Presidente tem de ser perspicaz, sólido e muitas outras coisas. Ele nem sequer sai da sua cave”, criticou Trump.

O Presidente norte-americano referia-se assim ao facto de Joe Biden, de 77 anos, passar a maior parte do tempo isolado na sua residência no Estado de Delaware, lutando para dar um impulso mediático na campanha para a Casa Branca.

Trump recusou também dar crédito a uma sondagem da Fox News na qual os inquiridos o consideraram menos “competente” que o rival democrata. Além disso, sugeriu que esse assunto poderia ser resolvido com um teste de inteligência QI imposto aos dois candidatos na casa dos 70 anos.

“Vamos fazer um teste. Fazemos o teste agora. Vamos sentar-nos, eu e o Joe, e fazer um teste” disse o líder republicano, que vai enfrentar o ex-vice-presidente de Barack Obama nas eleições de 03 de novembro.

Outra sondagem divulgada no domingo pelo canal ABC e pelo jornal The Washington Post mostra que a liderança de Joe Biden sobre Donald Trump nas intenções de voto é ainda mais clara, com 55% contra 40%.

Trump continua a pagar caro a má administração da crise do covid-19 nos Estados Unidos, com uma taxa de aprovação de políticas gerais a cair para 39% e com 57% de reprovação.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (140.120) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,7 milhões).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 601 mil mortos e infetou mais de 14,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.