“O nosso objetivo é que a Roménia adote o euro até 2024″, anunciou Viorica Dancila no parlamento de Bucareste, a menos de três semanas da primeira presidência romena da UE.
O país, que aderiu à União em 2007, pretendia inicialmente aderir à moeda única em 2019, mas fixou um novo objetivo após reconhecer em 2015 que ainda não estava em condições de cumprir os critérios de convergência.
A Roménia, o segundo país mais pobre da UE, pretende recuperar o seu atraso e garante hoje uma das taxas de crescimento mais sustentadas dos 28 Estados-membros, com 4,1% no terceiro trimestre, após 6,9% em 2017.
No decurso do seu semestre à frente da União, Bucareste pretende contribuir para “apagar as linhas de demarcação e os desequilíbrios” no seu interior, sublinhou a dirigente social-democrata.
“Será necessário ultrapassar as abordagens do género ‘antigos membros contra novos membros’ ou ‘oeste contra leste'”, sublinhou, numa altura em que as distâncias em termos de desenvolvimento permanecem assinaláveis na sequência dos alargamentos da década de 2000.
Colocado sob o signo da “coesão”, a presidência romena destina-se a “garantir hipóteses e benefícios iguais para todos”, para que “não existam mais cidadãos de primeira e de segunda classe”, indicou a primeira-ministra.
Em novembro, a Comissão Europeia aprovou um relatório negativo sobre uma controversa reforma da justiça desencadeada pela maioria social-democrata, que segundo Bruxelas se arriscava a comprometer a independência dos magistrados.
À semelhança da vizinha Bulgária, a Roménia está submetida desde a adesão de 2007 a um mecanismo de vigilância reforçada do seu sistema judicial e da sua luta contra a corrupção, dois domínios onde os progressos permanecem discutíveis.
Dancila voltou hoje a questionar este mecanismo de vigilância considerado discriminatório por Bucareste, sublinhando que a “Roménia deseja garantir respeito e direitos iguais no interior da União”.
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