“Portugal vai perder 7% dos fundos de coesão, enquanto há outros países que vão ganhar e outros que vão perder, o que não é aceitável, quando se discute impostos europeus que se pede que sejam pagos por todos por igual e que se prejudique aqueles que, estando mais atrasados, fossem mais beneficiados nessa distribuição”, advogou o Nuno Melo.

“A distribuição dos fundos de coesão, que poderiam aproximar os mais pobres dos mais ricos, é assimétrica”, enfatizou o eurodeputado, numa intervenção na escola de quadros da Juventude Popular (JP), que decorre até domingo em Peniche, no distrito de Leiria.

O eurodeputado comparou Portugal com o Luxemburgo, que “tem um rendimento ‘per capita’ de 256% da média da União Europeia e não perde um cêntimo”, com a Dinamarca, que “tem um rendimento de 125% da média da União Europeia e vai ter um aumento de 2%”, ou com a Bulgária e a Roménia, que “são equivalentes a Portugal do ponto de vista da criação de riqueza e vão ter mais 8%.

O também vice-presidente do partido recordou que, para os critérios de distribuição, têm sido apontados a abertura a receber migrantes e o combate às alterações climáticas.

“Não só manifestámos receber migrantes, como temos problemas de alterações climáticas, como estamos atrasados do ponto de vista estrutural, tivemos os incêndios de 2017, estivemos até 2014 intervencionados pela ‘troika’, mas perdemos 8%”, concluiu.

O eurodeputado considerou que “o controlo de fronteiras tem de acontecer” na Europa, baseando-se em dados que apontam para que uma parte significativa dos migrantes que pede para entrar na Europa “tem antecedentes criminais”

A pouco mais de sete meses das eleições de 2019 para o Parlamento Europeu, os temas europeus dominam esta iniciativa conjunta da JP e do gabinete de estudos do CDS.