De acordo com o gabinete de comunicação da Comissão Europeia, o apoio aos dois países ascende agora a 143 milhões de euros, depois de em 28 de fevereiro ter sido anunciado um pacote financeiro de 90 milhões de euros para programas de ajuda humanitária, entre 85 milhões para a Ucrânia e 5 milhões para a Moldova.

Posteriormente, em 10 de março, a Moldova recebeu mais 3 milhões de euros de fundos humanitários para auxiliar todas as pessoas que fugiam da guerra na Ucrânia.

Hoje, a Comissão Europeia anuncia que vai atribuir mais 45 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia e outros 5 milhões de euros à Moldova.

Estes fundos de ajuda humanitária fazem parte de um pacote no valor de mil milhões de euros anunciado pela Comissão Europeia na semana passada.

As verbas servem para ajudar pessoas dentro da Ucrânia ou que tenham fugido para a Moldova, providenciando-lhes assistência alimentar, acesso a água potável, bens essenciais, assistência médica, apoio psicológico, abrigos de emergência, proteção e dinheiro para fazerem face às necessidades básicas.

A guerra na Ucrânia teve um forte impacto nos países vizinhos e desde o dia 24 de fevereiro cerca de 400 mil pessoas passaram a fronteira para a Moldova.

Muitas continuaram em direção à Roménia, mas estima-se que cerca de 94 mil ucranianos, entre os quais 47 mil crianças, tenham optado por permanecer na Moldova.

A Comissão Europeia tem coordenado a entrega de assistência à Moldova através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, que a Moldova acionou em 25 de fevereiro para ajuda na gestão da chegada de refugiados.

Posteriormente, em 07 de abril, 18 Estados-membros — entre os quais Portugal — e a Noruega têm feito ofertas de assistência, onde se inclui geradores de energia, medicamentos ou abrigos.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU — a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e “desmilitarizar” a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 52.º dia, já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.