“Uma das coisas que queremos fazer é garantir que, na próxima legislatura da União Europeia, venha para o Porto, como já devia ter acontecido, uma agência europeia ou um órgão da União Europeia”, afirmou Paulo Sande à margem da ação de campanha que decorreu esta manhã na Rua de Santa Catarina e no mercado temporário do Bolhão, no Porto.
O cabeça de lista, que retomou hoje a campanha eleitoral depois de um acidente de viação, salientou que apesar de não existirem “agências disponíveis”, poderão vir a ser criadas “novas”, colocando a hipótese de serem transferidas “algumas” das agências instaladas noutras cidades, incluindo as duas que estão em Lisboa, para o Porto.
“É uma luta que acho que faz todo o sentido, o país tem de ser mais equilibrado e, portanto, é aqui que isto faz sentido”, disse Paulo Sande, acrescentando que “outras cidades e regiões do país têm de ganhar dimensão e isso passa também pela parte administrativa e pela parte da governação”.
Paulo Sande, que se fez acompanhar da “número dois” da lista do partido às eleições europeias, Maria João Moreira, e de mais de três dezenas de militantes, passeou esta manhã ao ritmo dos tambores dos Mariantes do Rio Douro e de cânticos de apoio, pela Rua de Santa Catarina.
“É fundamental contactar com as pessoas e fazê-lo tão depressa quanto possível”, lembrou o cabeça de lista, a propósito da suspensão da campanha motivada pelo acidente de viação que teve com o líder do partido.
Antes da visita aos comerciantes do mercado temporário do Bolhão, Paulo Sande admitiu aos jornalistas que uma das suas “grandes frustrações” era não estar a “discutir a Europa a fundo e as grandes opções da Europa”.
“É importante discutir os assuntos europeus, algo que está a ser feito pouco nesta altura”, disse, adiantando que os portugueses estão a “ouvir o resumo do que foi feito nos últimos cinco anos”.
“As pessoas estão cansadas (…) Toda a gente está revoltada com os partidos, ao estado em que isto chegou, com a forma como a política é feita em Portugal. Portanto, as pessoas têm uma oportunidade de mudar”, frisou.
Além de “caras novas” é também sobre a “mudança” que se rege o novo partido, disse Paulo Sande, lembrando que a “coesão na Europa e entre os europeus” é fundamental.
“Sem coesão entre os europeus, a Europa não vai resistir e a Europa está em causa. Eu sou um europeísta, defendo esta ideia da integração europeia, acho que temos de lutar para que ela volte a ser aquilo que já foi, que é uma Europa coesa e de solidariedade”, frisou.
Durante a visita ao mercado temporário do Bolhão, Paulo Sande aproveitou para se dar a “conhecer” aos comerciantes, uma vez que houve mesmo quem o chegasse a confundir com o antigo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, e a perguntar “Quem é o senhor?”.
“Esta é a primeira vez que venho ao Bolhão, estou nervosíssimo. O Bolhão é como uma catedral”, confessou à proprietária de uma das padarias do mercado portuense.
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