"Naturalmente, isto não está desligado do muito ruído, de muitos aspetos que estiveram nesta campanha que se desviaram daquilo que é efetivamente central. Da nossa parte, CDU - o PCP, o PEV, a ID -, todos os ativistas e candidatos estiveram na rua a fazer uma campanha de contacto direto, de informação e prestação de contas do que fizemos no Parlamento Europeu e do que está em causa nestas eleições. Tudo fizemos para a batalha da informação e ganhar os eleitores", disse.

A membro da comissão política do comité central do PCP Fernanda Mateus falava aos jornalistas num centro de trabalho comunista, em Lisboa, que serve de sede de campanha à coligação que junta PCP e "Os Verdes".

"Deve-se olhar para a maneira como se está a fazer política em Portugal e também como se faz campanha. Da nossa parte, fazemos uma campanha que é consequência da atividade que realizamos no dia-a-dia, uma campanha de verdade, que apela à inteligência dos portugueses e das portuguesas e que os apela a pensar conscientemente quais são as forças que defendem os seus interesses", afirmou.

As eleições para o Parlamento Europeu tiveram uma taxa de abstenção entre 65% e 70,5%, de acordo com as projeções televisivas. A sondagem da RTP/Universidade Católica aponta para uma taxa de abstenção entre 65% e 70%, enquanto a projeção da SIC situa a taxa de abstenção entre 66,5% e 70,5% e segundo a Eurosondagem a taxa de abstenção ficará entre os 66% e os 69,8.

"Houve homens e mulheres que não sentiram que estas eleições tivessem a ver com a sua vida. Creio que é um elemento que temos de considerar quando, pelo contrário, são eleições que têm a ver com a nossa vida e com o nosso país", tinha começado por considerar Fernanda Mateus.

Nas últimas eleições europeias, em 25 de maio 2014, a abstenção foi de 66,2%, a mais elevada de sempre em atos eleitorais.