"Estas eleições confirmam sobretudo a importância da adoção de políticas que promovam o avanço nos direitos dos trabalhadores e a coesão social e territorial do país", disse o sindicalista à agência Lusa.
Para a intersindical, "as pesadas derrotas do PSD e do CDS confirmam que os trabalhadores e o povo rejeitam o regresso ao passado, ao tempo dos cortes nos rendimentos e direitos, da política de sentido único que acentuou a exploração e as desigualdades".
Arménio Carlos considerou que "a vitória do PS, a subida do BE e, sem prejuízo do recuo, os resultados da CDU, confirmam a importância da atual correlação de forças na Assembleia da República e as potencialidades que encerra para fazer avançar direitos e rendimentos dos portugueses".
"Uma relação que deve ser potenciada para responder aos problemas estruturais que continuam a marcar o quadro económico, laboral e social no nosso país", defendeu.
Segundo Arménio Carlos, "este é o momento certo para a evolução e para o Governo socialista responder às reivindicações dos trabalhadores".
"É altura de o PS abandonar a proposta de lei que introduz o retrocesso social, é altura de o PS dizer se vai satisfazer os interesses do capital e dar a mão ao PSD e ao CDS ou se coloca do lado do trabalho, pela valorização dos trabalhadores e o desenvolvimento económico e social do país", disse, referindo-se à proposta de revisão do Código do Trabalho que está no parlamento.
A CGTP salientou ainda a “elevada abstenção" das eleições de domingo e considerou que este "fenómeno não pode ser desligado da política anti-laboral e antissocial da União Europeia e do seu distanciamento face à necessidade de desenvolvimento de países como Portugal e do bem-estar da sua população".
O PS venceu as eleições europeias e elegeu nove eurodeputados, o PSD conseguiu seis mandatos, o BE dois, a CDU dois, o CDS-PP um e o PAN também um.
Portugal elege 21 dos 751 deputados ao Parlamento Europeu.
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