Num jantar com militantes no Montijo, Setúbal, Assunção Cristas reclamou para o CDS, que estava com o PSD no Governo em 17 de maio de 2014, quando a “’troika’ fez as malas e deixou” o país, o feito dessa saída e pediu que a data se comemore como o “dia da restauração” da independência financeira.
E numa só frase, usou a palavra ‘troika’ três vezes para acusar os socialistas, que “levaram o país à bancarrota” em 2011 e “pediram de joelhos” a intervenção externa, de continuarem a governar com austeridade.
“Este é o governo das esquerdas unidas, da ‘troika’ à portuguesa, a ‘troika’ das esquerdas, que mesmo quando nos livramos da ‘troika’ continua a querer governar entre nós”, acusou ainda Assunção Cristas, muito aplaudida pelos cerca de 100 militantes reunidos num restaurante do Montijo.
Para a presidente dos centristas, "não há 'troika' no país, mas há austeridade" e "as esquerdas funcionam como se tivessem a 'troika'" ainda em Portugal.
E essa "austeridade das esquerdas" traduz-se numa "carga fiscal máxima" e num "investimento e serviços públicos mínimos", abaixo do tempo da intervenção externa, entre 2011 e 2014.
Assunção Cristas acusou o executivo de falar em crescimento económico, mas contentar-se "com poucochinho" e defendeu que, para a economia crescer, é preciso que haja impostos mais baixos.
No distrito de Setúbal, a presidente do CDS falou do atraso na construção do novo aeroporto, dos problemas de transportes do distrito, por "cidadãos de primeira serem tratados como passageiros de segunda" nos comboios, por serem retirados bancos das carruagens.
"Pagam menos [de passe social, medida do Governo], mas passam a viajar de pé. É uma falta de respeito", disse.
A presidente do CDS volta a entrar na campanha centrista no domingo, num almoço com militantes em Marco de Canaveses, distrito do Porto.
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